Aids já matou 10 pessoas este ano em Itabuna


Os dados foram confirmados pela coordenadora do Cerpat


 

De acordo com o Centro de Referência em Prevenção, Assistência e Tratamento (CERPAT), entidade que realiza um serviço de fundamental importância para a prevenção e o tratamento de pacientes portadores de HIV, ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis) e Hepatites Virais, Itabuna registrou até o momento neste ano de 2018 dez mortes por HIV. Já em 2017 foram confirmados 23 óbitos, totalizando nos últimos dois anos 33 mortes pelo vírus HIV.

Os dados foram confirmados pela coordenadora do Cerpat, a enfermeira Fabrícia Moura Costa, que ainda explica: “fazendo um comparativo dos últimos dois anos, tivemos um saldo positivo, pois houve uma redução no número de mortes em Itabuna”. E completa ressaltando que em todas as cidades que são atendidas pelo Cerpat (22 municípios pactuados), foram registrados 15 óbitos neste ano de 2018.

Visando fazer a detecção precoce em um número cada vez maior de pessoas, a coordenadora do Cerpat explica que várias ações de conscientização/prevenção, além de exames são realizados constantemente, principalmente nas pessoas que integram os grupos de risco. “Como resultado, o Cerpat vem acompanhando cerca de 3.000 pessoas em tratamento”.

Desses pacientes, de acordo com Fabrícia Costa, 1.791 estão em tratamento do HIV, 200 pacientes de HTLV, 600 com Hepatites B e C. “Além disso, temos cerca de 200 crianças expostas a esses tipos de doenças por conta das mães, que também recebem tratamento no Cerpat”.

O Cerpat

O atendimento é feito por meio de demanda espontânea e demanda referenciada para pacientes de Itabuna e região. São cerca de 15 profissionais, entre eles, médicos (patologistas, infectologistas, clínico geral,  pediatra), farmacêuticos, enfermeiros, técnicos em laboratório, psicólogos e assistentes sociais, de segunda a sexta-feira, das 07 às 17 horas, sem fechar para o almoço, na avenida Amélia Amado, centro de Itabuna.

Um programa de fundamental importância que é realizado no CERPAT, de acordo com Fabrícia Costa é o PEPI (Programa de Profilaxia Pós-Exposição). Ele é voltado exclusivamente para pessoas que sofreram violência sexual ou contaminação biológica seja de modo acidental ou não. “Também massificamos nossas campanhas de promoção e prevenção através das Rondas Noturnas que realizamos semanalmente nos pontos de vulnerabilidade”, finaliza.