Apreendidos 430 kg de drogas com líder de massacre em presídio da Bahia



normal_14855495332Mandante do massacre de presos e familiares no Presídio de Feira de Santana, em 24 de maio de 2015, e de diversos homicídios na segunda maior cidade da Bahia, Ronilson Oliveira de Jesus, o ‘Rafael’, 29 anos, morreu após reagir à abordagem de policiais da Coordenação de Operações Especiais (COE), na tarde da última sexta-feira (27). Líder do tráfico de drogas, com participação em roubos a bancos no interior baiano e integrante do Baralho do Crime da Secretaria da Segurança Pública, Rafael estava escondido em Abrantes, no município de Camaçari. Durante a operação, planejada pelo Departamento de Polícia do Interior (Depin), foram apreendidos 430 quilos de drogas.

No confronto, em via pública, o traficante foi ferido e socorrido ao Hospital Menandro de Farias, mas não resistiu e morreu. Segundo o delegado André Viana, coordenador da COE, que esteve à frente da ação policial, a operação para prender Rafael começou a ser planejada no fim do ano passado, quando suas equipes e do Depin descobriram, a partir de incursões realizadas na RMS e em Feira, que um homem com as características dele estaria morando no condomínio Recanto de Abrantes.

Na operação de hoje, os policiais apreenderam cadernos de anotações e muitas munições para fuzis calibres 556 e 762 e para metralhadora AK 47, também de calibre 762. A chave de uma casa, encontrada no local, levou os policiais a uma outra residência no bairro de Vida Nova, em Lauro de Freitas, onde estavam guardados 425 quilos de maconha e cinco quilos de cocaína. Dois veículos, um Celta vermelho e um Prisma branco, também foram apreendidos. Tudo foi encaminhado para perícia no Departamento de Polícia Técnica (DPT).

Líder de uma quadrilha de traficantes que age em Feira de Santana e Salvador, com atuação no Bairro da Paz e em Itapuã, Rafael já foi o Valete de Ouros do Baralho do Crime da Secretaria da Segurança Pública (SSP) e era procurado por tráfico, homicídio e formação de quadrilha. Suspeito de vários roubos a bancos no interior do estado, ele estava com uma carteira de identidade falsa, em nome de Thiago Pereira Canuto, também apreendida.

No presídio de Feira, a rebelião ordenada por Rafael tinha o objetivo de matar o ex-comparsa e também traficante Haroldo de Jesus Brito, o Haroldinho, com quem cumpriu pena naquele local e se desentendeu. Os dois lideravam o tráfico em Feira, mas viraram rivais depois de confinados. Rafael saiu do presídio 38 dias antes do massacre, em 16 de abril de 2015, liberado pela Justiça.