Aulas em Itabuna podem ultrapassar o Carnaval; greve de professores continua


Impasse não foi resolvido e categoria quer audiência com prefeito


Entre assembleias e mobilizações, greve chegou hoje a 51 dias (Foto: Ascom/SIMPI)

A greve dos professores em Itabuna chegou hoje a 51 dias e, pelas contas do sindicato da categoria, a reposição de aulas deve arrastar-se até após o Carnaval, quando o movimento for encerrado. Segundo a presidente do SIMPI, Carminha Oliveira, um segundo ofício foi encaminhado à Prefeitura, pedindo negociação direta com o prefeito Fernando Gomes.

As referidas negociações foram suspensas no último dia 17 e um primeiro pedido para conversar com o gestor foi feito dia 18. “Um dos temas que queremos que o governo assegure é um calendário unificado; as unidades não podem ter três ou quatro calendários internos. É preciso definir um prazo de retorno com o encerramento da greve”, afirma a professora/sindicalista, referindo-se a escolas em que alguns profissionais comparecem durante a paralisação.

Ela lembra que além dos dias que durar a greve, serão computados aqueles sem aula durante a greve dos caminhoneiros, outras paralisações anteriores e as datas em que os educadores foram à Câmara, para discutir a proposta de mudança de regime dos servidores. “Mas esperamos que o prefeito sente com a categoria e negocie diretamente, porque ele desautorizou a secretária de Educação”, reforça.

Impasse por reajuste

Os professores reivindicam reajuste salarial de 6,81% e aceitam parcelar em três vezes (2% de junho a agosto; 2% de setembro a novembro; 2,81% em dezembro), além do pagamento atrasado dos professores em desvio de função.

Mas o governo chegou a 2,8%. “Esse é o mesmo percentual dado aos demais servidores, que não são regidos pela lei federal do Piso”, critica Carminha Oliveira.