Barraqueiros da praça Camacan lamentam perda do ponto de trabalho


Prazo para comerciantes informais deixarem local termina dia 31 de julho


Há 22 barraqueiros que serão afetados pela decisão; cada um emprega ao menos três pessoas

Em tempos de incentivo àqueles que encontram no empreendedorismo uma saída; mais a conta de 13 milhões de desempregados no país, Itabuna vive mais uma polêmica. Os comerciantes que trabalham na chamada Praça Camacan deverão desocupar o local até o dia 31 de julho.

Após uma revitalização no espaço a partir de agosto, informa a Prefeitura, deverão substituir as barracas fixas por carros móveis. A principal queixa deles, porém, é não ter condições para tirar os recursos com que se sustentam para adquirir o equipamento.

Segundo o presidente da Associação dos Microempreendedores Individuais do local, Reginaldo Lemos, os referidos comerciantes foram informados no último dia 15 de julho de que precisariam sair.

Ainda de acordo com o representante, há 22 donos de barracas que diariamente trabalham na praça. Cada um emprega, pelo menos, mais três pessoas. Está prevista uma reunião com os vendedores para discutir o assunto, mas esta só deverá acontecer após o aniversário da cidade.

Uma reclamação corrente deles é que só estarão autorizados a trabalhar no local após as 17 horas. “Cinco horas [da tarde] já passou metade do dia pra mim. Uma hora e meia pra trabalhar? Porque eu estudo à noite, faço faculdade”, afirma um dos vendedores.

Outro itabunense, que mantém com a família uma barraca há cinco anos, também disse não saber de que forma irá contornar o prejuízo com a retirada do ponto de venda.