Comércio aponta prejuízos com manifestações na Cinquentenário


Entidades como CDL e Sindicom cobram providências da Prefeitura


Afastamento de consumidores, insegurança nas lojas, desordem no trânsito. Estes são alguns dos tantos problemas percebidos por entidades do comércio de Itabuna, com as frequentes manifestações na avenida do Cinquentenário.

É o caso da CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas), Sindicom (Sindicato do Comércio Varejista) e ACI (Associação Comercial de Itabuna), que cobram providências da Prefeitura.

O presidente da CDL, Carlos Leahy, não se trata dequestionar os motivos nem a forma como as manifestações são feitas. “Apenas o local que é inadequado, porque prejudica totalmente o movimento do comércio, prejudica o trânsito de Itabuna. Não somente na Cinquentenário, mas também outras avenidas, como Beira Rio, Inácio Tosta, as transversais e cria realmente um grande tumulto. Os consumidores não vão ao comércio, porque sabem que existe um grande engarrafamento”, argumenta.

Ele chama atenção para o fato de delinquentes aproveitarem as manifestações para entrar em lojas e roubar e coloca outro local como alternativa para os atos públicos acontecerem. “Minha opinião é que deveria ser feito na Praça Adami ou em frente ao Banco Itaú, porque também tem visibilidade e deixa a Cinquentenário, Inácio Tosta, Ruffo Galvão livres; não cria tanto tumulto nem para o comércio nem para o trânsito”, opina.

Além de longa trajetória na CDL, Carlos Leahy foi secretário de Indústria e Comércio de Itabuna. “Quando fui secretário, evitei e não autorizei várias [manifestações], porque sabia dos prejuízos e transtornos que são causados com elas. Mas as opiniões se dividem e o poder público assiste de camarote”, critica.

Carlos Leahy, presidente da CDL, sugere um manifesto expondo a posição dos comerciantes

Manifesto

Leahy sugere, aliás, um manifesto contrário à referida situação, “feito pessoalmente e por escrito, deixando bem clara nossa indignação”. Ele acrescenta: “Serei o primeiro a assinar este manifesto. Se não tomarmos uma atitude, a coisa só tende a piorar”.

O presidente do Sindicom, Rolemberg Macedo, compartilha da mesma posição. “Essa ocupação já virou até uma gozação. Praticamente duas, três vezes por semana. Se faz caminhada de colégio com trio, aniversário de loja, manifestação de estudante, dos funcionários da prefeitura. Para o trânsito, trava o centro da cidade, aí o comércio não vende, a situação já não está boa, todo mundo chiando”, observa.

Ele lembra que mês passado os representantes das entidades conversaram com o prefeito Fernando Gomes e ele ficou de acionar o secretário de Segurança, Transporte e Trânsito, Coronel Santana, para resolver a situação. Até o momento, porém, nenhuma atitude foi tornada pública.

Rolemberg Macedo, presidente do Sindicom: “Essa ocupação já virou até uma gozação”