Confirmado: relator da “Lava Jato” morre em acidente com avião



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Teori Zavascki é ministro do STF desde 2012

Relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Teori Zavascki embarcou na tarde desta quinta-feira (19), no avião que caiu em Paraty, no litoral sul do Rio de Janeiro. A informação foi confirmada pelo filho do magistrado, Francisco Zavascki, em uma rede social.

O filho do ministro também publicou a seguinte mensagem no Facebook: “Amigos, infelizmente, o pai estava no avião que caiu! Por favor, rezem por um milagre”.

No meio da tarde desta quinta, chegou ao STF a informação de que o nome do ministro estava na lista de passageiros da aeronave que caiu no litoral fluminense. A lista foi entregue para a presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, e também para o presidente da República, Michel Temer.

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No Facebook, filho de Teori Zavascki confirma que ministro estava no avião que caiu em Paraty (RJ) (Foto: Reprodução/Facebook)

A Infraero informou que a aeronave prefixo PR-SOM, modelo Hawker Beechcraft King Air C90, decolou às 13h01 do Campo de Marte, na capital paulista. O avião é de pequeno porte e tem capacidade para oito pessoas.

A Anac informou que a documentação da aeronave estava em dia, com o certificado válido até abril de 2022 e inspeção da manutenção (anual) válida até abril de 2017.

O dono e operador da aeronave é o Hotel Emiliano, segundo informações de abril de 2016 disponíveis no Registro Aeronáutico Brasileiro, documento divulgado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que reúne uma relação de todas as aeronaves brasileiras certificadas pela Anac.

Viúvo desde 2013, Teori, de 68 anos, deixa três filhos. Ele se tornou ministro do STF em 2012 por indicação da então presidente da República, Dilma Rousseff. Natural de Faxinal dos Guedes (SC), ele também foi ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), presidiu o Tribunal Regional Federal da 4ª região (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná) entre 2001 a 2003 e atuou como juiz do Tribunal Regional Eleitoral na década de 1990.

Ele ingressou na carreira jurídica em 1971, em Porto Alegre, como advogado concursado do Banco Central, onde atuou por sete anos. No anos 80, o magistrado se transferiu para a superintendência jurídica do Banco Meridional do Brasil. (Com informações do G1)