CPM de Itabuna tem o melhor resultado no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica



 

O CPM de Itabuna foi destaque
O CPM de Itabuna foi o grande destaque do Ideb

 

Em meio à notícia nada animadora, divulgada na quinta-feira (08), pelo Ministério da Educação, sobre o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) da Bahia, o Colégio da Polícia Militar de Itabuna conseguiu se destacar, positivamente, ao obter em dois mil e quinze, a média de 5,8, conquistando, assim o melhor resultado no Ideb, no ano passado.

No entanto, de forma geral, a Bahia não conseguiu alcançar a meta de qualidade em educação no ensino fundamental 2 (que compreende do sexto ao nono ano), e no ensino médio. Segundo o MEC, o estado ficou em apenas 2,9. Ou seja, o número é abaixo da média nacional, que ficou em 3,7, e representa aumento de apenas 0,1 em relação a 2013, quando a Bahia apresentou média de 2,8 neste quesito. A meta não é cumprida desde o levantamento realizado em 2011.

Se de um lado, o CPM teve a melhor nota, de outro, a Escola Estadual John Kennedy, no município de Inhambupe, apresentou o menor índice entre as instituições citadas, com apenas 1,2.

Em entrevista ao Bahia Notícias, o superintendente de Educação Básica da Secretaria Estadual de Educação (SEC), Ney Campello, admitiu o resultado ruim, mas atribuiu parte da culpa à metodologia do MEC. “Há uma limitação em relação ao Ideb do Ensino Médio. No caso do Ensino Médio, o Ideb é obtido através de amostragem limitada. Apenas 41 escolas foram avaliadas, de 800 escolas na rede estadual, o que representa apenas 5% de toda rede. É diferente do Fundamental I e II, onde todas são avaliadas. Há esse detalhe que não reflete o conjunto da rede”, justificou Campello.

Segundo o superintendente, seria necessário um leque de medidas para estimular a reação da educação baiana em levantamentos como o Ideb. Para ele, os resultados da Bahia são reflexos das desigualdades regionais do país. “Estamos fazendo para evoluir nesses indicadores. Uma das principais coisas é identificar as melhores práticas para disseminar em toda rede. Temos um conjunto de medidas que vão nos permitir chegar até 2017 com um resultado acima do que aconteceu agora. O Educar para Transformar, que criou um pacto com os municípios, é um exemplo disso [do conjunto de medidas]. Não é um número bom [o Ideb], mas que mostra o desafio que temos na Bahia e na maior parte do país. As desigualdades regionais são a cara do Ideb brasileiro”, ponderou.