Crise no governo Fernando Gomes: demissões, ameaças e greves


Secretária de Governo confirmou hoje que haverá 550 demissões


Quinto mandato de Fernando Gomes é marcado por resultados negativos

O anúncio da demissão de 550 contratados, feito hoje pela secretária de Governo Maria Alice Pereira, é mais um ponto do cenário de crise que envolve o governo Fernando Gomes. Ela havia adiantado, em entrevista ao Diário Bahia, que as exonerações aconteceriam ainda este mês e disse o porquê de afastar servidores.

A situação também se reflete na extensa greve dos professores da rede municipal, cuja reposição de aulas pode prolongar-se até após o Carnaval. As negociações com a categoria foram suspensas, sem que houvesse acordo em torno do percentual de reajuste salarial.

O clima também é de mal-estar entre os agentes da Sesttran (Secretaria de Segurança, Transporte e Trânsito) e o titular da pasta, Coronel Santana. Os descontos na folha de pagamento são constantes, devido a supostas irregularidades atribuídas aos referidos agentes e, ao receber a remuneração, percebem que boa parte está vindo subtraída.

Como o prefeito Fernando Gomes está prestes a encerrar o segundo ano de mandato e vem um novo governo federal por aí, não se pode antever – ao menos em curto prazo – qualquer mudança positiva nas finanças do município.

Os adversários tecem duras críticas à administração, alegando – com certo sarcasmo – que a “Marreta do 25” tem trazido resultados indesejáveis para a população itabunense.

Restaurante Popular

Outra medida amarga foi o anúncio de fechamento do Restaurante Popular, que oferece refeições diárias com o preço de R$ 3,00 e funcionaria hoje pela última vez. O serviço atende a pessoas que moram longe ou mesmo que venham fazer exames ou algo do tipo no centro da cidade.

Por volta do meio-dia, porém, o governo estava negociando com a empresa gestora do restaurante. A torcida é para que este setor tão importante, sobretudo para a população de baixa renda, não deixe de funcionar.