Danilo Santana, apontado como criador da empresa D9, que segundo a polícia, seria um esquema de pirêmide financeira, foi preso fora do Brasil. Segundo o blog Políticos do Sul da Bahia, Danilo desembarcou no aeroporto do país Emirados Árabes Unidos, onde foi preso. Ele vinha sendo procurado pela polícia desde que um mandado de prisão foi expedido pela Justiça do Rio Grande do Sul, em dezembro de 2017.
A prisão de Danilo teria ocorrido em fevereiro, mas ele segue em liberdade naquele país, aguardando a decisão da Justiça. O juiz do que solicitou a prisão recebeu um prazo para fazer o pedido de extradição.
Pirâmide financeira
Em agosto de 2017, a Polícia Civil de Itabuna deflagrou, após 6 meses de investigações, a Operação Gizé. O objetivo foi apreender materiais ligados a membros da D9, grupo de pirâmide financeira criado na cidade.
Na época, o delegado Humberto Matos informou ao Diário Bahia que as investigações apontavaque a D9 foi criada em Itabuna, mas já tinha sido expandida para outros estados e até para outros países. Foi necessário criar um grupo de trabalho para a investigação formado pelos delegados Humberto Matos, André Aragão, Katiana Amorim e Delmar Bittencourt.
Matos ainda ressaltou que as pessoas que atuavam no golpe tentavam convencer outras pessoas a participar, alegando que se tratava de um negócio de marketing multinível. Segundo o delegado, o esquema se tratava na realidade de uma pirâmide financeira.
O delegado ainda explicou que no marketing multinível um produto é vendido e, à medida que as vendas ocorrem, o vendedor eleva seu nível e recebe premiações. Já na pirâmide, não há um produto real e apenas os líderes, conhecidos como “piramideiros”, lucram.
Humberto Matos relatou ao Diário que os “piramideiros” atraiam pessoas afirmando que jogavam em bolsas de apostas ligadas a jogos de futebol, o que não ocorria.
A movimentação financeira desses “líderes” é estimada em 2 bilhões de reais. Já o golpe financeiro aplicado em participantes, é estimado em 200 milhões de reais.
