Dengue: Ministério Público aciona Ilhéus por falta de agentes


Mosquito também transmite zika e chikungunya, doença cujas sequelas perduram de forma intensa


Aumenta preocupação com Aedes aegypti à medida que chegam estações mais quentes

 O município de Ilhéus é alvo de uma ação civil pública movida pelo Ministério Público, que exige a contratação imediata de 77 agentes de endemias para reforçar o quadro em atuação. Isso porque o último LIRAa (Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti) supera 8%, quando o máximo aceito pelo Ministério da Saúde é de 1%.

Atualmente, há 84 profissionais responsáveis por cobrir o território; outros 35 encontram-se afastados por motivos de saúde. Mas há 103 mil imóveis, o que torna matematicamente impossível a verificação completa. Porque o Ministério prevê que haja um agente a cada 800 edificações.

Mesmo com o número de agentes abaixo do necessário, Ilhéus registrou no mês de agosto uma queda em relação ao último LIRAa, ocorrido em maio. À época, computou-se um teor de infestação acima de 14%. Agora, está em 8,6%. A situação é ainda mais elevada no bairro Teotônio Vilela, onde tal índice está em 11,4%.

A proximidade com as estações mais quente do ano aumenta a preocupação com a trinca de doenças decorrentes do mosquito Aedes aegypti – dengue, zika (temor, sobretudo, de mulheres grávidas, porque pode provocar microcefalia nos bebês) e chikungunya. Esta última, inclusive, também inquieta a própria medicina, já que costuma deixar sequelas intensas com dores e dificuldade de locomoção até mesmo depois da cura.