Marcha mostra dois meses de revolta por assassinato dentro do ônibus


Manifestação neste 08 de agosto lembra morte da comerciária Maria Aparecida


 

 

Maria Aparecida havia terminado com Neto e foi perseguida até a morte (Foto/Reprodução: TV Santa Cruz)

A Rede Feminista Grapiúna realizará às 15 horas desta quarta-feira (8), pela avenida do Cinquentenário, em Itabuna, uma marcha em protesto pelos dois meses do assassinato de Maria Aparecida Santos Reis. O crime aconteceu pela manhã, no centro da cidade, dentro de um ônibus da linha Emanoel Leão. A moça, de 33 anos, foi morta pelo ex-namorado Francisco Rodrigues Neto, que se matou em seguida.

Maria Aparecida tinha 33 anos, chegou a ser conduzida baleada ao Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães, mas morreu à tarde, após passar por uma longa cirurgia. Ela havia terminado o relacionamento, mas estava tendo dificuldade, porque o homem não aceitava o fim. A perseguição era tamanha que Cida, como era chamada, prestou queixa.

Perfumista na farmácia Droga e Cia., a vítima chegou a tirar férias do trabalho, para ficar um tempo afastada do ex. Ela morava no bairro Pedro Jerônino e voltaria às atividades exatamente no dia do crime. Os colegas até agora lamentam o ocorrido e sentem falta da figura atenciosa, carinhosa, que sempre chegava pela manhã com um chá ou café para compartilhar com os companheiros de labuta.

“A gente fica consternado, porque acontece diariamente. Os homens estão cada vez mais bárbaros, como se fossem ‘homens da caverna’”, comenta um colega de Maria Aparecida, ouvido pelo Diário Bahia.

O perfil do assassino é comum ao dos que têm matado companheiras e ex, por não aceitar o fim. Era ciumento, violento e passou a segui-la desde que ela acabou o namoro com ele.

Crime foi pela manhã, bem no centro de Itabuna