Droga apreendida pela Polícia Civil está avaliada em mais de R$1 milhão



Após a apreensão de 55 quilos de cocaína, na tarde desta segunda-feira (29), a Polícia Civil de Itabuna dá continuidade as investigações no intuito de descobrir quem são as pessoas envolvidas na ação. Segundo informações policiais, a cocaína pura, ainda sem misturas de outros materiais, costuma custar R$20 mil o quilo, sendo assim, a droga apreendida hoje está avaliada em R$1 milhão e 100 mil. Este valor significa um grande impacto financeiro e, até mesmo, enfraquecimento do traficante que receberia o produto e distribuiria em Itabuna. A droga retirada de circulação gera uma dívida para o criminoso.

A Polícia Civil agora trabalha para identificar e prender os envolvidos. “A gente espera identificar o proprietário da droga aqui em Itabuna, que receberia essa mercadoria. O proprietário que comprou essa droga, quem ia receber, quem ia mexer nessa droga, quem ia dobrar ela de peso. Existe uma rede de distribuição e a gente precisa identificar não só quem comprou, mas quem ia auxiliar nessa distribuição”, explica o delegado André Aragão, coordenador regional.

A cocaína estava em 3 caixas de ferro, semelhantes a cofres, que estavam completamente fechadas. Cada tablete estava envolto em graxa, prática utilizada para evitar que cães farejadores encontrassem a droga, explica a polícia. O material ainda seria misturado a outros produtos comumente utilizados por traficantes para fazer a droga render, como pó de vidro e bicarbonato de sódio. Os policiais explicam que o peso da droga pode ser dobrado ou pode render muito mais. “Uma vez, prendemos um homem que disse que com 1kg de cocaína pura, ele fazia 5 kg da droga para serem vendidos”, conta um policial que participou da ação.

Os cofres com entorpecentes estavam em meio à grandes caixotes de sucata. Para não atrair a atenção da polícia, a droga seguia para Itabuna em meio à diversos pedaços de ferro. A prática deu ainda mais trabalho aos policiais, que precisaram da ajuda de um guincho para retirar a sucata do caminhão e até na ajuda para revirar os ferros. Esta ação aconteceu nos fundos da Penalty, na Rua L.

O caminhão era de frete e com origem da cidade de Ariquemes, no estado de Rondônia. O motorista conta que não sabia que a droga estava escondida em meio a sucata, uma vez que ele não acompanha o processo de armazenamento do produto e sim o de carregar o veículo. Ele prestou depoimento à polícia durante à tarde de hoje.

Na busca a droga, além da denúncia recebida por meio do Cicom de Salvador, houve o fator experiência dos policiais. O coordenador de investigação da 6ª COORPIN, Lúcio Serra, esteve o tempo todo certo de que os entorpecentes seriam encontrados. Ele relata que Itabuna não é destino comum para carga de ferro, pois não possui indústrias do tipo na região. Outro detalhe que despertou a atenção da polícia foi o valor pago ao frete. Lúcio destaca que a carga de sucata seria vendida por aproximadamente R$1 mil, enquanto o motorista do caminhão recebeu R$8 mil pelo frete.