Escola sem portão e alunos sem recreio no bairro Urbis IV



Duas portas na posição horizontal ficam no lugar do portão

A escola Maria Creuza, no bairro Urbis 4, em Itabuna, suspendeu o recreio há cerca de cinco meses, devido à falta de segurança na estrutura. No local estudam crianças de 6 a 10 anos. Uma mãe de aluno, cuja identidade aqui será preservada, procurou o Diário Bahia, para relatar a situação. Ela disse que foram construídos bancos na área de recreação, mas que estes apresentam problemas – só que não é apenas isso. Acompanhe!

“Crianças já se machucaram e a escola já foi até roubada pelos muros e aberturas indevidas. A comunidade da Urbis 4, Jorge Amado, Brasil Novo e Sinval Palmeira pede socorro”, desabafou ela.

A mãe, que também faz parte do conselho da escola, reconhece que as deficiências se acumulam gestão após gestão, sem que haja uma solução definitiva. Ela destaca que não houve reforma na unidade, como chegou a ser divulgado em 2016.

“Queremos os portões na lateral, no lugar daquelas portas velhas; qualquer pessoa pode ter acesso às dependências da escola, através das falhas em sua estrutura; e queremos que quebrem os bancos [de cimento, na citada área de recreação]”, detalhou.

Pais indignados

O que tem no espaço de recreação são bancos de cimento

Ainda de acordo com a mãe/conselheira, não há sala de informática no local. Mas os equipamentos continuam lá. “Tem vários computadores que há anos estão guardados e nunca foram utilizados pelos alunos; seria para a sala de informática que não existe”, criticou.

Ela acrescenta que o conselho escolar decidiu há meses procurar a Secretaria de Educação de Itabuna, no intuito de saber que providências deveriam ser tomadas. Foram atendidos há três meses, após uma terceira tentativa.

“Deixamos claro que não estávamos culpando a atual gestão pelo erro dos que passaram pela prefeitura, mas que pela integridade física e psicológica das crianças, algo teria que ser feito. Elas foram muito gentis, disseram que iriam dar prioridade à escola, mas o ano está acabando e até agora nada. As crianças continuam sem intervalo e preferimos assim, para não se machucarem. A escola continua sem segurança e nós, pais, indignados”, completou.