Fome e medo nos dias em que meninos ficaram presos em caverna na Tailândia


Nesta 1ª aparição pública, o grupo relatou como sobreviveu ao resgate


 

Primeira coletiva de imprensa nesta quarta-feira (18) após receberem alta do hospital (Foto: Soe Zeya Tun/Reuters)

Do G1

Os 12 meninos e seu técnico do time “Javalis Selvagens” falaram na manhã desta quarta-feira (18) do medo, da fome e da alegria de encontrar os mergulhadores britânicos durante as duas semanas em que ficaram presos na caverna Tham Luang, na Tailândia. Eles também contaram que tentaram escavar para achar uma saída.

Nesta 1ª aparição pública, o grupo relatou como sobreviveu ao resgate dramático que mobilizou mais de 1000 pessoas, durante três dias, na província de Chiang Rai. Os meninos, que têm entre 11 e 16 anos, e o técnico, de 25 anos, também fizeram uma homenagem ao mergulhador Saman Kunan, que morreu durante os esforços de resgate.

Fome

Diferentemente do que tinha sido divulgado, eles não levaram comida para a cavidade subterrânea. Ekkapol Chantawong, o técnico, contou que depois de dois dias isolados começaram a sentir mudanças no corpo, já que não comiam nada.

O mais novo do grupo contou que não tinha força física e que tentava não pensar em comida para não sentir mais fome do que já sentia. Segundo os médicos, os garotos perderam em média 2 kg no período em que ficaram presos e recuperaram no hospital uma média de 3 kg cada um.

Tentaram escavar

O técnico disse que todos concordaram em entrar na caverna em 23 de junho após um treino. Eles estavam curiosos sobre o lugar e esperavam sair logo, porque tinham uma festa de aniversário para ir. Mas a água subiu e acabaram ficando presos. Eles buscaram, então, um lugar seguro para passar a noite.

O treinador afirmou que, no início, eles não estavam tão assustados, porque imaginavam que, ao amanhecer, o nível da água teria baixado, o que não aconteceu.

Um dos meninos relatou que tentaram ficar calmos e “pensar em soluções” para sair da caverna.