Itabuna: vereadora propõe comissão permanente para tratar dos direitos da mulher



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Charliane Sousa

Por Celina Santos

 

Na véspera do 08 de março, a vereadora Charliane Sousa (PTB) – única representante feminina na atual legislatura – teve aprovado pelos pares um projeto para criação de uma Comissão Permanente voltada para os direitos da mulher. Uma das demandas já identificadas é a necessidade de uma casa para acolher as vítimas de violência. Ela falou com o Diário Bahia logo após presidir a solenidade de entrega da Comenda Otaciana Pinto.

 

Como está sendo esse início da experiência como única vereadora a atuar na Câmara de Itabuna?

Tudo que é novo causa medo, não é? Mas eu tive uma boa equipe me orientando, me coordenando e eu só fui seguindo os trâmites necessários. E pude contemplar uma linda homenagem para mulheres que nos representam em Itabuna. Podemos destacá-las como nossos espelhos para seguir adiante nessa luta.

 

E com está a receptividade ao seu trabalho?

Tenho recebido muitos parabéns em virtude do meu desempenho nesses dois primeiros meses. Pra mim é gratificante, porque eu comecei sendo vereadora sem experiência. Eu não era política, me tornei política. Como vereadora, tenho usado da lei, para que eu possa atender às necessidades por meio de pedidos de providência e com isso cobrar do Executivo. Fora que a fiscalização é permanente.

 Que projeto a senhora tem preparado e sonha em ser aprovado na Câmara?

Já está em andamento. Foi protocolado ontem (7), com a aprovação de 15 vereadores, a criação da Comissão Permanente dos Direitos das Mulheres. Por ser a única mulher, eu vou presidir todos os projetos que vierem à Casa direcionados à mulher.

Qual a primeira grande necessidade em que a comissão deve estar “de olho”?

A violência. A Lei Maria da Penha é executada, mas é preciso discutir para onde vai a vítima agredida. Temos que buscar mecanismos, uma casa para alojamentos dessas mulheres.

 Itabuna não tem uma estrutura para acolher essas mulheres no momento em que a lei as ampara.

Exatamente. Esse é um dos motivos pelos quais foi criada a Comissão Permanente.