A jovem Lidiane Bruna Sales Linhares, de 22 anos, matou o próprio bebê a facadas na noite de sábado (3), assim que o colocou no mundo, no bairro Malhado, em Ilhéus. A tia ouviu o choro da menina recém-nascida e perguntou: “O que é isso?”.
O Samu foi acionado e a mãe foi levada junto com a filha, embrulhada em um pano, até a Maternidade Santa Helena – unidade ligada ao Hospital São José, às 23 horas da noite. Lá, foi constatado que a criança já não estava mais viva.
A perícia constatou que foram desferidos 15 golpes de faca, dos quais sete foram identificados pela equipe médica. “Eu nunca tinha visto uma mãe matar um filho; todo mundo ficou em estado de choque”, afirma a pediatra Thayane Reis, que está prestes a fazer 15 anos de profissão.
Lidiane, tida por familiares e amigos como uma garota tranquila, religiosa, estudiosa e sem qualquer vestígio de agressividade, perdeu os pais ainda criança e foi criada pela avó e pela tia.
Ela chegou à maternidade com um terço azul no pescoço, estava transtornada e relatou à médica só ter percebido a gravidez em julho. Foi levada para o presídio de Ilhéus nesta segunda-feira, assim que teve alta.
O corpo do bebê foi encaminhado domingo para o DPT (Departamento de Polícia Técnica) de Ilhéus. A família tem o dever de fazer o registro, já que ele nasceu vivo. O sepultamento só pôde ser feito em seguida.
Atualizada à 23h27
Informações dão conta de que a acusada foi liberada numa audiência de custódia na tarde de hoje. A Justiça aguardará o resultado de um exame para atestar a (in)sanidade mental dela.
