Após receber uma carta com pedido de socorro, policiais de Eunápolis bateram à porta da casa de Judson dos Santos, o Paulinho Mototáxi, flagraram um cenário de cárcere privado e prenderam o suspeito, na manhã de terça-feira, dia 30 de julho.
A esposa dele denunciou que não podia ultrapassar o portão da residência havia dois meses, era agredida física e moralmente e obrigada a fazer sexo com o homem com quem estava, entre brigas e reconciliações, há cinco anos. O estupro mais recente, inclusive, teria acontecido horas antes da detenção.
No local, a polícia encontrou um facão amolado, que, segundo a vítima, era usado em constantes ameaças de morte feitas a ela. De acordo com a mulher, cuja identidade é preservada, o homem ameaçava matá-la ou fazer o mesmo com alguém da família, se ela decidisse pela separação. Ele teria dito, por sinal, que mandaria comparsas de uma facção praticar o ato, em caso de prisão dele.
Segundo o delegado Moisés Damasceno, da 23ª Coorpin, Judson permanece preso na delegacia da cidade e foi pedida à Justiça uma medida protetiva contra ele, com base na Lei Maria da Penha. O dispositivo, como se sabe, estabelece uma distância entre o agressor e a vítima. Além disso, ele está sendo indiciado por estupro, ameaça e violência doméstica.
A polícia também dá conta de que o suposto agressor tem um histórico de envolvimento com atos criminosos. Há dois anos, ele respondeu à acusação de ter agredido outra ex-mulher, fruto de um relacionamento ao alvo da atual denúncia. Já no ano passado, foi apontado por ter transportado uma pessoa para cometer um assassinato.
Outro lado
Preso, Judson negou as acusações e sustentou que não cerceava a liberdade da esposa. “Ela fez isso pra me ver aqui preso. Se ela tinha a chave dela e eu a minha, como era cárcere privado?” alegou à reportagem da TV Santa Cruz. Ele negou, ainda, ter ameaçado a mulher de morte.
