O voto regional                 


“ACI, SINDICOM e a CDL ensaiaram uma publicação de um manifesto sobre a relevância do voto regional. Até agora nada.”


A eleição do dia 7 de outubro é mais uma oportunidade que o itabunense tem para fortalecer a representatividade política da sua região.

Não é possível que os fulanos de tal, que aparecem de quatro em quatro anos, apelidados de candidatos “copa do mundo”, continuem tendo boas votações na cidade.

Chegam aqui, com aquela conversinha de sempre, dizendo que tem um carinho especial pelo munícipio, enganam e terminam conquistando o voto dos incautos.

Tem até os que nunca ouviram falar da avenida do Cinquentenário e da Catedral de São José. Chegam de mansinho e são sempre simpáticos e atenciosos.

Ora, Itabuna pode eleger um deputado federal e dois estaduais, se fortalecendo nas suas reivindicações perante os governos estadual e federal.

Itabuna, em priscas eras, já teve um movimento com o intuito de conscientizar sobre a importância do voto regional. Foi chamado de “Bancada do Cacau”.

Na época, as forças políticas dominadoras terminaram minando a iniciativa. Gente graúda da política, interessada nos votos dos itabunenses, abafou o movimento. Não houve reação.

Que as entidades representativas da sociedade lutem pelo voto regional, de maneira firme e incisiva, sem medo de enfrentar os que são contra.

ACI, SINDICOM e a CDL ensaiaram uma publicação de um manifesto de conscientização da relevância do voto regional. Até agora nada.

Não quero acreditar que forças poderosas estejam impedindo que o movimento pelo voto regional aconteça, que o hasteamento da bandeira seja novamente abortado.

O PT e seu eleitorado

O PT debocha do seu eleitorado porque sabe que a maioria não liga para suas contradições e incoerências. É PT e pronto, mesmo que apareça um “bunck” com mais dinheiro do que o de Geddel.

O PT passou o tempo todo dizendo que a defenestração da então presidente Dilma Rousseff foi um “golpe”. Hoje, não quer nem ouvir falar do assunto, foge dele como o diabo da cruz.

Esse esquecimento é para encurtar o caminho para voltar a governar com os partidos que integram o chamado “centrão”, os que foram taxados de golpistas.

A recaída saudosista do petismo, com o aval de Lula, inclui o MDB de Michel Temer, Eduardo Cunha, Geddel, Cabral, Eunício Oliveira, Romero Jucá e companhia Ltda.

O PT continua o mesmo. A aliança de Haddad com Renan Calheiros é a prova inconteste do pragmatismo do Partido dos Trabalhadores. Vamos rezar para que a Petrobras fique de fora dessas negociatas, cada vez mais fétidas.

O presidenciável Fernando Haddad, considerado o pior prefeito do Brasil, quando gestor de São Paulo, já acena para a turma do toma lá, dá cá. Vai começar tudo de novo: distribuição de ministérios, troca de interesses, nomeação para cargos de primeiro e segundo escalões, tudo em nome da tal da governabilidade.

Coitado do nosso Brasil, caminhando para uma disputa de segundo turno entre extremistas. Um da direita radical, avesso ao diálogo, despreparado e preconceituoso. O outro, da esquerda irresponsável, demagógica e populista.

Não é hora de Bolsonaro e, muito menos, de Haddad. O Brasil precisa de Ciro Gomes, o único que pode tirar o país da profunda crise que vem maltratando seu bravo e heroico povo.

Mangabeira

A campanha do médico Antônio Mangabeira vai de vento em popa. No seu estilo, sem oba-oba e tititi, passa a ser o provável segundo nome do PDT para o parlamento federal.

Ninguém tem dúvida da reeleição de Félix Júnior, presidente estadual da legenda. O deputado, que faz um bom trabalho na Casa Legislativa, pode ultrapassar os 100 mil votos.

Em Itabuna, Mangabeira, que também é bacharel em direito, administrador de empresas e cursa engenharia civil, vem tendo uma aceitação impressionante. Pesquisas de intenções de voto colocam o pedetista bem na frente do segundo colocado.

No entanto, o que chama mais atenção no ex-prefeiturável, que obteve quase 19 mil votos na última sucessão municipal, é sua simplicidade, a maneira como conduz a campanha.

Outro detalhe é que o crescimento de Mangabeira está ocorrendo mais na periferia do que no centro, ao contrário do que aconteceu quando então candidato a prefeito.

É um bom nome para à Câmara Federal. Mangabeira integra a banda boa da política, a política com P maiúsculo.