Operação Costa do Cacau: PF cumpre mandados de prisão em Itabuna e região



Em cela, policiais encontram anotações do tráfico. (Imagem: PF/ Reprodução G1)

Na manhã desta quinta-feira (29), a Polícia Federal cumpriu nove mandados de prisão preventiva, oito mandados de busca e apreensão e cinco mandados de sequestro de bens na segunda fase da Operação Costa do Cacau. O objetivo é combater a lavagem de dinheiro do tráfico de drogas.

As ações, que contaram com policiais da PF e da Cipe Cacaueira, foram realizadas nas cidades de Itabuna, Ubatã, Camamu, Ubaitaba, Maraú,  Santo Antônio de Jesus e em Campo do Largo, no Paraná. Na ação desta quinta, quatro pessoas foram presas e dois mandados de prisão foram cumpridos contra um homem que já estava preso. Na cela dele, os policiais encontraram anotações ligadas ao tráfico.

A Polícia Federal ainda contou que os mandados de prisão são contra pessoas de uma mesma família, que fazem parte de uma facção criminosa, responsável por transportar drogas de Rondônia para a Bahia.

Os mandados de sequestro de bens foram cumpridos em um fazenda em Maraú e imóveis nas cidades de Ubatã e Ubaitaba. Também foram sequestradas cerca de 55 cabeças de gado, 33 suínos e 12 equinos.

“Eles lavavam dinheiro transformando o recurso do tráfico de drogas, adquirido propriedades e obtendo através das propriedades uma renda aparentemente lícita. Os bens estão no nome do mulher da líder da organização criminosa”, afirmou o delegado Fábio Marques ao site G1.

Material apreendido pela polícia durante a operação. (Foto: PF)

O delegado ainda explica que as investigações começaram há mais de 1 ano, em abril de 2016, quando 50 kg de cocaína, que estavam sendo transportados do estado de Rondônia para a Bahia, foram apreendidos. Na ocasião, duas pessoas foram presas em flagrante em Ubatã. Em março de 2017, dois homens foram presos transportando 11 kg de cocaína de Goiás para serem entregues em Ubatã. Segundo a polícia, os dois fazem parte da mesma quadrilha.

Segundo a polícia, mesmo preso, o líder da organização criminosa continuou a traficar de dentro de um presídio, recebendo auxílio da esposa e do filho para as ações criminosas. A PF acredita que o patrimônio acumulado pela organização criminosa seja de quase R$ 2 milhões.

Os nomes dos envolvidos não foram divulgados pela polícia. (Texto: Diário Bahia/Informações: G1 Bahia)