PESQUISAS ELEITORAIS E AS COLIGAÇÕES



Quem vai ditar eventuais coligações, hoje informalmente chamadas de “Frente Partidária”, são as pesquisas de intenções de voto.

Uma determinada junção de legendas, com seus prefeituráveis, só se sustenta com um deles mostrando viabilidade eleitoral, possibilidade de ganhar a eleição ou de não perder de maneira catastrófica.

Do contrário, qualquer coligação passa a ser um castelo de areia ou bolha de sabão. Não tem consistência nenhuma, tem vida curta e termina desaparecendo para sempre.

O pré-candidato a prefeito mais esperto, que sabe que dificilmente outro integrante vai ultrapassá-lo nas pesquisas, propõe logo o acordo de quem estiver melhor posicionado será o candidato do grupo ou coisa similar.

Mas não basta ser o melhor nas pesquisas entre os demais prefeituráveis, é preciso também mostrar que pode enfrentar os adversários e tem alguma chance, mesmo pequena, de sair vitorioso no pleito.

Os dois protagonistas da sucessão do prefeito Fernando Gomes, o governador Rui Costa e o alcaide soteropolitano ACM Neto, só estão esperando o momento certo para interferir no jogo, evitando assim dois candidatos do mesmo campo político.

A decisão de Rui e Neto vai ser assentada nas pesquisas de intenções de voto. O petista querendo derrotar o candidato que representa o antipetismo e o demista indo pelo caminho inverso. Ou seja, apoiando o prefeiturável que possa derrotar o petismo e, por tabela, o prefeito Fernando Gomes.

É evidente que teremos postulantes ao centro administrativo Firmino Alves que vão sair de qualquer jeito, até com menos de 1% nas enquetes. São os candidatos para marcar presença e, como consequência, colocar seu partido no horário político, mesmo que por um tempo quase que inexistente.

Ainda é cedo para fazer qualquer comentário mais incisivo. O cenário político começa a tomar contornos mais definidos, apontando uma razoável previsibilidade.