Polícia investiga atropelamento de professor itabunense


O judoca Fabiano Andrade segue internado em Caxias do Sul; coma induzido continua, mas quadro é estável


Fabiano Andrade (Zuky) sempre foi um lutador cheio de otimismo

Atropelado e operado dia 03 de janeiro, o professor itabunense de judô Fabiano Andrade, de 42 anos, continua internado num hospital de referência em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul. Segundo a irmã do atleta, Fabrini Andrade, a polícia está investigando as circunstâncias em que o acidente aconteceu, assim como as causas.

Após o dia 1º de janeiro, em Gramado, Zuky – como é conhecido – voltava para casa de bicicleta. Quando passava por uma rua onde os veículos deveriam trafegar devagar, aconteceu o atropelamento. “Uma testemunha ouviu um barulho e viu o corpo ao lado de uma bicicleta. A polícia crê em atropelamento. O local não era de velocidade, mas o carro estava em alta velocidade”, relata.

O impacto foi tamanho que houve traumatismo craniano. Graças ao socorro rápido, ele passou por uma cirurgia, na vizinha cidade de Caxias do Sul, e ficou 48 horas em uma sedação induzida. Quando acordou, no final de semana, demonstrou estarem preservados movimentos de cabeça, braços e pernas.

“Diante da agitação, foi decidido que a sedação induzida continuaria, porque ele ainda precisa descansar. A cirurgia foi exitosa, porém, delicada. Ele segue estável. Cada dia que passa, uma evolução”, acrescenta Fabrini.

De volta pra casa

Bastante conhecido em Itabuna, Fabiano Andrade luta judô desde os 12 anos de idade. A partir daí, marcou presença em inúmeras competições locais, estaduais, nacionais e mundiais. Em busca de reciclagem, passou um tempo em Fortaleza (CE) e há dois meses estava vivendo em Gramado, no Rio Grande do Sul. Lá, inclusive, já vinha lutando numa academia de judô.

Ainda sobre o episódio que interrompeu – temporariamente – a carreira de Fabiano, a irmã informa que não há previsão de alta. Mas assim que ele sair do hospital, a família planeja trazê-lo para Itabuna. “Queremos trazê-lo de volta, para estar perto de todos nós, que amamos ele”, revela.

A torcida de familiares e de outros incontáveis fãs, é claro, continua. “Se há um pedido agora, é para que essa linda corrente de amor e fé não pare; pois sabemos que fez toda a diferença até aqui e pelo que somos eternamente gratos. Fabiano é bem isso: amor por onde passa e é isso que ele tem de volta”, afirma Fabrini ao Diário Bahia, direto do hospital onde o atleta está internado.