Porto Seguro está entre as cidades envolvidas na terceira fase da Operação Nenhures, deflagrada hoje (14), pela Polícia Federal. Os alvos foram a Bahia e Minas Gerais. O objetivo da ação, que conta com o apoio da Assessoria de Pesquisa Estratégica e de Gerenciamento de Riscos da Previdência Social, é desarticular uma quadrilha acusada de fraudar o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), provocando um prejuízo estimado em R$ 6,5 milhões.
Segundo as investigações, os criminosos falsificavam certidões de nascimento e óbito, além de documentos de identidade. Na maioria das vezes, o bando conseguia obter benefícios ilegais de pensão por morte. O esquema, no entanto, passou a ser monitorado pela PF, que comprovou a fraude.
Entre as vítimas que tiveram documentos fraudados pelo grupo está uma pessoa morta em janeiro de 2012, no desabamento do Edifício Liberdade, no centro do Rio de Janeiro. “A partir dessas certidões de óbitos, criavam filhos menores pra elas, com a intenção de obter benefícios previdenciários de pensão por morte”, esclareceu o delegado regional de Combate ao Crime Organizado em Minas Gerais, Marcílio Zocrato, em entrevista ao G1.
A PF descobriu uma média de 80 benefícios fraudados. Parte destes benefícios foi suspensa. Outros continuam sendo investigados.
Prisões
Ao todo, 10 pessoas foram presas ontem. Os suspeitos, que não tiveram os nomes divulgados, foram indiciados por estelionato qualificado e formação de quadrilha. Se condenados, os acusados poderão pegar uma pena superior a 10 anos de prisão.
Além das prisões, foram cumpridos quatro mandados de condução coercitiva e 12 mandados de busca e apreensão em Porto Seguro e nas cidades mineiras de Betim, Contagem, Almenara e Palmópolis.
