RUI, ACM NETO E A SUCESSÃO DE FERNANDO GOMES



 

As duas maiores lideranças políticas da Bahia, o governador Rui Costa (PT) e o prefeito soteropolitano ACM Neto (DEM), já discutem a sucessão municipal, principalmente nos maiores colégios eleitorais.

É evidente que o alcaide de Salvador, por ser pré-candidato ao Palácio de Ondina na eleição de 2022, tem que ter uma preocupação maior do que Rui Costa, impedido legalmente de disputar uma re-reeleição.

Em relação a Itabuna, o petista e o demista pensam da mesma maneira. Ou seja, não ter dois candidatos do mesmo campo político. São da opinião de que sairá vitorioso quem conseguir unir mais em torno de uma candidatura.

O prefeiturável do governador Rui Costa e do prefeito Fernando Gomes, hoje aliados, tem que ser só fulano de tal. Não pode existir o beltrano e o sicrano, sob pena de facilitar a vida do adversário mais consistente, sem dúvida o médico Antônio Mangabeira (PDT).

O mesmo raciocínio vale para ACM Neto. O presidente nacional do Partido do Democratas tem que concentrar seu apoio em um candidato, naquele que pode derrotar o fernandismo e, por tabela, o PT.

As pesquisas de intenções de voto vão servir para eliminar os postulantes sem nenhuma condição de disputar o centro administrativo Firmino Alves, tanto de um lado como do outro.

ACM Neto terá um caminho com menos obstáculos do que Rui Costa, já que não existe uma espécie de PT no demismo da Bahia. Em Itabuna, o Partido dos Trabalhadores não abre mão de ter candidatura própria.

Vale lembrar que a mais robusta liderança do petismo grapiúna, o ex-prefeito Geraldo Simões, já disse que o “casamento” de Rui Costa com Fernando Gomes é de “cobra com jacaré”.

Pelo andar da carruagem, está mais fácil para ACM Neto unir beltrano e sicrano em torno de fulano, competitivamente mais forte.

Outro detalhe é que o senador Otto Alencar vai acompanhar passo a passo as articulações do PT. O parlamentar é candidatíssimo ao governo da Bahia no pleito de 2022.

Otto sabe que o apoio do PT a sua legítima pretensão de disputar a sucessão de Rui Costa é uma gigantesca incerteza, principalmente se o “Lula Livre” tiver sucesso, o que pode estimular o também senador Jaques Wagner a querer disputar a moradia mais cobiçada da Bahia.

Fernando Gomes. Foto/arquivo Diário Bahia

Concluindo, diria que quem unir mais, evitando duas candidaturas do mesmo campo político, tem mais chances de sair vitorioso.