RUI COSTA E A SUCESSÃO DE ITABUNA


Existe possibilidade do governador não subir em palanque eleitoral em Itabuna


 

O governador Rui Costa vem a Itabuna fazer campanha para um determinado candidato? Essa pergunta é sempre feita nas reuniões dos partidos, sejam da base aliada governista ou da oposição.

A resposta foi dada pelo deputado Rosemberg Pinto, líder do governo na Assembleia Legislativa (ALBA), na sua entrevista ao blog Ipolítica: “Ele tem dito que quer construir uma unidade entre os partidos que mantém sua sustentação. Se isso for possível, ótimo, se isso não for possível, ele certamente não virá atrapalhar a busca e a caminhada de cada grupo político”.

Sobre o prefeito Fernando Gomes, que continua sem partido, Rosemberg disse que o chefe do Palácio de Ondina não tem nenhum compromisso político com o alcaide, descartando assim qualquer tipo de apoio do governador à reeleição do atual gestor.

Todo esse chega pra lá no prefeito de Itabuna decorre da sua alta rejeição apontada em todas as pesquisas de intenções de voto. Se Fernando estivesse bem nas consultas, o comportamento do deputado seria outro. Rosemberg passaria bem longe dos encontros entre PT, PCdoB, PSB e PSD.

Como a missão de Geraldo Simões de ser o candidato da frente é complicada, e seu grupo político não aceita apoiar Augusto Castro, prefeiturável do PSD, a vinda de Rui Costa, que não quer saber de confusão, fica cada vez mais improvável.

Não acredito que o ex-tucano Augusto Castro, que foi um bom deputado estadual, caia na conversa bonita do staff geraldista e, muito menos, aceite ser o vice de Geraldo. Politicamente falando, seria o começo do enterro de Castro, sua derrocada na vida pública.

Outro ponto que vem causando burburinhos, disse-me-disse nos bastidores da política itabunense, diz respeito ao próximo abrigo partidário de Fernando Gomes. Dos partidos de maior expressão nacional e que fazem parte da base aliada, só sobrou o PP do vice-governador João Leão.

Rosemberg Pinto tem toda razão. O governador Rui Costa só vem a Itabuna se a frente, chamada de “Frente Para Salvar Itabuna”, que pode receber mais um ex-prefeito, o capitão Azevedo (PL), não for fria.

Se tudo ocorrer de acordo com a vontade do PT geraldista, teremos três fortes palanques na sucessão de 2020: um comandado pelo ex-prefeito Geraldo Simões, o outro por Fernando Gomes e o terceiro com o médico Antônio Mangabeira (PDT), que seria o candidato da mudança. Vale lembrar que mais de 65% do eleitorado não pretendem votar em quem já foi prefeito de Itabuna.

O prefeiturável do PDT pode ter a seu favor dois importantes “cabos eleitorais”: o antifernandismo, já que é o candidato que faz oposição aberta ao governo municipal, sem nenhum tipo de constrangimento, e o cada vez mais intenso sentimento de que Itabuna precisa de um gestor que seja mais técnico e menos político no sentido da politicagem.

Quando falo em constrangimento, me refiro ao fato do prefeito Fernando Gomes ser aliado do governador Rui Costa, o que causa um certo desconforto aos partidos do bloco partidário, mais especificamente ao PT, que passou um bom tempo em silêncio, sem fazer uma única crítica à gestão municipal.

Como não bastassem os imbróglios que vão surgir na chamada “Frente Para Salvar Itabuna”, Geraldo tem um PT dividido entre sua candidatura e a do vereador Júnior Brandão.

Rui Costa