Solon Pinheiro aposta no PV para fugir da disputa com “medalhões”



Solon Pinheiro faz cálculos e considera a candidatura viável

O ex-vereador Solon Pinheiro, que há meses anunciou pré-candidatura a deputado federal, desistiu de aceitar o convite para retornar ao DEM e filiou-se ao PV. Ele revelou o motivo, em entrevista ao Diário Bahia: seria inviável disputar com os “medalhões” na sigla do antigo aliado ACM Neto. Afinal, deverão pleitear vaga em 2018 nomes como o ex-governador Paulo Souto, o deputado federal José Carlos Aleluia e Paulo Azzi, entre outros.

“Uma coisa é a gente disputar uma eleição difícil; outra coisa é disputar uma impossível. Até a militância que nos acompanha ia ficar desmotivada, em saber que estamos dando ‘murro em ponta de faca’. O Democratas, para eleger um deputado federal, deve ser no mínimo 70 a 80 mil votos. No PV, o projeto é diferente”, argumentou.

Pinheiro disse ter sido convidado pelo diretório estadual da legenda para sair candidato e considerou boa a proposta, diante do equilíbrio entre os potenciais dos adversários.

“A perspectiva é que o PV eleja deputados com 20, 25 mil votos. Aí, sim, se torna uma candidatura possível; difícil, mas possível. Isso vai deixar a gente motivado pra a campanha”, completou.

 Nome para fortalecer

Ele afirmou, ainda, ter recebido do diretório estadual a incumbência de fortalecer o PV na região sul da Bahia. “Nossa candidatura não vai ser um projeto pessoal, por vaidade, nada disso. É um projeto político e que tem o apoio do diretório”, reiterou, citando o deputado federal Uldurico Pinto, presidente estadual do PV, e o deputado estadual Marcell Moraes.

Questionado sobre possíveis divergências internas, já que o partido tem um vereador em Itabuna (Manoel Júnior), Solon Pinheiro foi, digamos, diplomático: “A gente entende que isso é normal. Política é disputa, é conflito, o que não pode haver é disputa de forma agressiva, sem respeitar o espaço do outro, isso jamais. Nossa ideia é chegar para tentar agregar”.