Tribunal do Júri absolve ex-policial acusado de matar agente penitenciário



Cantídio foi considerado inocente pelos jurados
Cantídio foi considerado inocente pelos jurados

O Tribunal do Júri absolveu, no final da tarde de terça-feira (30), no Fórum Rui Barbosa, em Itabuna, o ex-policial civil, Cantídio Nascimento Filho, acusado de matar o agente penitenciário Marcone Pena dos Santos. O crime aconteceu em maio de 2012 e teve como palco o parque de vaquejada Espora de Ouro, onde acontecia um festa.

Os jurados consideraram que o réu agiu em legítima defesa, após ser agredido pela vítima. O desentendimento, que culminou com o assassinato, teria sido motivado por ciúme. Segundo testemunhas, o réu teria assediado a mulher do agente penitenciário, que não gostou e foi tirar satisfação com o ex-policial. Marcone foi alvejado no abdome por um tiro de pistola Ponto 40. A arma, na época, foi apreendida e o acusado, preso em flagrante.

Levado, na ocasião, para a Corregedoria da Polícia Civil, em Salvador, Cantídio, que até então, era lotado na Polícia Civil em Iguaí, no centro-sul baiano, foi liberado, dias depois e vinha aguardando o julgamento em liberdade. “Ele não negou que fez uso da arma de fogo para paralisar a agressão violenta que estava sendo perpetrada contra ele, tendo em vista o pedido de legítima defesa”, disse o advogado do ex-policial, Jorge Luís Alves, em entrevista à TV Santa Cruz.

Já a acusação pode recorrer da decisão dos jurados. “Temos um prazo. Eu vou discutir com o Ministério Público a viabilidade de um recurso para tentar anular o Júri, mas, por enquanto, os efeitos desse processo ficam suspensos”, adiantou o promotor Jeferson Domingues.

Marcone, a vítima, era agente penitenciário
Marcone, a vítima, era agente penitenciário