VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER EM DEBATE NO ESPAÇO ESCOLAR


Foi promovido um trabalho  de conscientização e prevenção


A Escola Municipal Milton Rodolfo realizou, na tarde desta quinta-feira (19), mais uma roda de diálogos proposta pelo projeto escolar “Cidadania é Todo Dia”. O projeto realiza um momento por mês, para a promoção de debates de temas e assuntos que abordam de maneira pontual a realidade contemporânea e os problemas contextuais que acercam a comunidade em volta da escola, o Parque Santa Clara. A roda articulada para o mês de julho pontuou o tema “Mulher não foi feita para apanhar, e sim, para crescer, evoluir e amar!”, através do qual se promoveu um trabalho  de conscientização, prevenção e combate à violência contra a mulher.

A diretora geral da escola, Líliam Lima Pereira, explicou que a necessidade de discutir esse assunto surge a rogo dos números que se produzem todos os dias no Brasil. Os dados demonstram que, somente na Bahia, em 2017, 12.400 mulheres registraram queixas por ameaças, 6.100 lesões corporais, 143 tentativas de homicídio, 99 homicídios. No Brasil, os dados do Ministério da Segurança Pública apontam que, por dia, uma mulher sofre a Para falar sobre isso, a escola convidou como principal palestrante a advogada Lara Kauark, integrantes da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB – Subsecção Itabuna).

Participaram ainda o jornalista Ramiro Aquino, o conselheiro tutelar Washington Alves, o presidente do Rotaract Glauber Santos, o vereador Robson Sá (“Robinho”), a representante do segmento “Pais” do Conselho Escolar da Escola Milton Rodolfo, o membro do Lions Club Junior Paim, a presidente do Conselho da Mulher de Itabuna Aline Setenta.

O evento contou com a presença de 100 pessoas, entre moradores, pais e responsáveis, convidados, professores e equipe técnico-administrativa da escola. Num momento especial, uma mãe compartilhou com os presentes as situações de violência que vivenciou em casa, tendo sido agredida pelo irmão (antes do casamento) e pelo companheiro. Hoje, ela não convive mais com nenhum dos dois agressores. Para o mês de agosto, a escola planeja a realização de um novo encontro, desta vez, propondo um debate sobre diversidade étnico-racial.