O vereador itabunense Enderson Guinho (PDT), o mais jovem da atual legislatura, sinaliza a intenção de disputar uma vaga de deputado estadual. Segundo ele, percebe no eleitor uma carência de candidatos e, por isso, coloca o nome como opção de renovação. “Isso vem acontecendo a cada ano. As pessoas buscam o novo e precisamos ter um representante da juventude no meio político”, justificou.
Perguntado por que deve ser escolhido, em meio a tantos mais experientes, o edil elaborou: “Muitos podem achar que essa decisão pode ser por vaidade, pois ainda tenho 24 anos e estou no início da carreira. Mas não é. Minha motivação mesmo não é um novo cargo, e sim a possibilidade de estar em um lugar que eu poderei fazer mais. Vivemos uma intensa crise, onde os interesses próprios estão acima dos interesses da população. Eu estou aqui tentando mudar essa realidade e em qualquer lugar que ocupe farei isso: mudar aos poucos a política do nosso país”.
Embora a pré-candidatura ainda não tenha sido lançada, ele revela que as eleições de 2018 são discutidas constantemente nas reuniões do diretório. “A direção do partido sempre motiva e se compromete em estar ao lado dos candidatos do PDT. Nosso objetivo é conseguir fazer um deputado estadual e um federal da região. E já que teremos Mangabeira como candidato a Federal…”, afirmou.
Oposição a Fernando Gomes
O Diário Bahia também indagou a Enderson Guinho se o PDT lhe cobra uma oposição mais intensa ao prefeito Fernando Gomes. Afinal, o edil foi alvo de questionamentos há alguns meses e um filiado até pediu a saída dele da sigla. “A oposição tem que ser inteligente, se posicionar sempre contra pode ser prejudicial para o município. Travei debates dentro da Câmara, sobre temas importantes, em luta pelos direitos do cidadão”, ressaltou.
Instado a citar exemplos do que chama de “oposição inteligente”, o vereador enumerou: “Levei a plenário a denúncia contra a secretária de Saúde, [Lísias Miranda], onde percebemos favorecimento de uma clínica em um chamamento público; busquei descobrir possíveis irregularidades dentro da pasta da saúde; brigamos contra as demissões em massa no Hospital de Base e fechamento de enfermarias; saímos em defesa dos direitos dos diretores das escolas municipais, que teriam as suas gratificações de salário reduzidas; defendemos o retorno da atividade complementar dos professores; votamos contra a criação de cargos especiais e contra a criação da ARSEPI. Com isso, tenho minha consciência tranquila, pois venho cumprindo o meu papel de fiscalizador e legislador, e não de uma simples oposição”.