Moradores da Mangabinha descrevem pavor ditado pela violência



Tiroteios refletem guerra entre facções rivais

“Tiroteio agora”; “muitos tiros perto do posto de saúde”; “estava dormindo, caí da cama”. Estes são relatos de moradores do bairro Mangabinha, um dos mais próximos do centro de Itabuna, nas redes sociais.

Uma habitante, pedindo desculpas por desabafar num grupo de WhatsApp, narrou: “Dia primeiro de maio, por volta das 7 horas, aqui próximo da minha casa, deram duas rajadas de tiros tão potentes que eu acordei com o barulho; em seguida, fiquei com uma dor de cabeça infernal e um frio insuportável”.

Ela lembrou que às 14 horas, “tendo que levar a vida como se fosse normal”, foi a um evento religioso. Mas o medo e as lembranças dos tiros ficaram na cabeça. “Quando essa sensação de ouvir as rajadas aparece, eu fico arrepiada. Como pode uma coisa dessa!!”, afirmou

No mesmo grupo virtual, em seguida, pessoas relatavam sobre novo tiroteio naquele local. E pior: são muitos pontos de Itabuna os alvos de episódios semelhantes.