Mais de 40 horas após a ocupação protagonizada por estudantes na Uesc (Universidade Estadual de Santa Cruz), a reitora Adélia Pinheiro e o vice-reitor Evandro Freire estiveram reunidos com os manifestantes. Eles afirmaram que “o movimento é legítimo, mas que a instituição precisa retomar as atividades a partir desta quinta-feira (27)”.
Do encontro, às 11 horas da manhã de hoje, também participaram pró-reitores e alguns diretores de departamentos. Nestes dois dias, 25 e 26, houve uma paralisação capitaneada pelos professores. Os dois movimentos são contra a aprovação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 241, que estabelece um teto para os gastos públicos. A medida foi referendada em segunda votação, na Câmara dos Deputados, e seguirá para o Senado.
Mobilização da juventude
Segundo Davidson Brito, integrante da comissão de Estrutura e Alimentação, a ocupação se mantém. Os corredores estão fechados com cadeados e as aulas não poderão acontecer, sustenta ele. Enquanto isso, um grupo de 80 a 100 alunos dorme no local à noite.
“A ocupação não é isolada, faz parte de um processo de mobilização da juventude em todo o país, contra projetos que ameaçam a educação pública, como o ‘Escola sem partido’, reforma do Ensino Médio e a PEC 241”, declarou o estudante/manifestante.
Desde as 18 horas de segunda-feira (24), a entrada da universidade foi fechada com troncos de madeira e, por isso, o acesso de carros está interrompido.