Identificar os problemas, conhecer as demandas e traçar metas em busca de soluções. Este é o objetivo do Diagnóstico Rural Participativo (DRP) do Projeto de Apoio à Rede de Associações Rurais, realizado pelo Consórcio de Desenvolvimento Sustentável Litoral Sul. Na segunda-feira (26), foram contempladas as Associações de Pancadinha, no município de Almadina, e Vale Poço da Caça, em Itapitanga.
Ao todo, 30 associações da região serão visitadas por técnicos que irão aplicar a metodologia do diagnóstico participativo, visando identificar forças, oportunidades, fraquezas e ameaças que comprometem o desenvolvimento do grupo. “A partir dessa análise, será possível orientá-los sobre como organizar e planejar ações internas”, destacou o coordenador do projeto, Raimundo José Gomes Nascimento.
Principal queixa
Entre os associados, a maior queixa é relacionada às péssimas condições das estradas nas localidades, que dificultam o escoamento da produção, além da falta de capacitações e investimentos em projetos. Ao mesmo tempo, eles apresentam uma série de características positivas, como união, produção agrícola forte nos segmentos de mandioca, cacau, gado de corte, verduras e hortaliças que são pré-requisitos para uma associação forte.
Para o secretário de Agricultura e Meio Ambiente de Itapitanga, Zilmeiro Sobral, a reunião foi muito importante para os associados, tendo em vista as oportunidades de informação e capacitação. “A Associação Poço da Caça é uma das associações mais organizadas e com documentação em dia. Então, por isso que o governo municipal participa e está sempre com o consórcio buscando conhecimento e recursos para o povo do campo”.
A expectativa do vice-presidente da Associação de Pancadinha, Djalma Ferreira dos Santos, e dos demais associados é de que a partir da reunião, a comunidade seja beneficiada. “Nós cremos que dessa reunião virá muitos benefícios para os associados. A nossa expectativa é de que tudo que foi discutido, é que, com certeza virá para nós de lucro. Eu acredito que com essa parceria que foi formada, nós assentados só temos a ganhar”.
Pancada Grande
Na semana passada, a equipe do projeto esteve no Assentamento de Pancada Grande, no município de Itacaré, onde também foi aplicada a metodologia do DRP. Para o assentado Lucas Gustavo Lucon, a reunião foi bastante dinâmica, “porque a gente consegue pensar com todos os companheiros, quais são os pontos fortes da comunidade e os pontos fracos, tanto internos quanto internos, e vocês [técnicos] nós ajudam tentando trazer caminhos para solucionar esses problemas”.
A ação faz parte das atividades de concretização do DRP, realizado através do convênio entre a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR), a Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), o CDS-LS e o Instituto Chocolate.