BOLSONARO, PSL E OS BOLSONARISTAS


Entrevista do presente Bolsonaro é objeto de comentário de Marco Wense


O presidente Jair Messias Bolsonaro afirmou que pode deixar o PSL e fundar uma nova legenda. A declaração foi dada ontem, domingo (3), em entrevista a TV. Record, programa Domingo Espetacular.

“80% para sair e 90% pra criar um novo partido, que vai começar do zero, sem televisão, sem fundo partidário, sem nada”, disse o chefe do Palácio do Planalto, que continua retado da vida com a RGT (Rede Globo de Televisão).

A possibilidade de deixar o PSL, pelo qual foi eleito, derrotando o petista Fernando Haddad no segundo turno, reacende a discussão sobre quem é realmente bolsonarista ou está só de olho nos milhões de reais que o partido tem direito. Obviamente que me refiro aos senhores que comandam os diretórios do PSL, principalmente os estaduais.

Sem dúvida, um bom teste para saber quem é bolsonarista de verdade. A prova inconteste é seguir, sem titubear e impor condições, o caminho do líder. Do contrário, é um “bolsominion” de araque, de mentirinha. Uma nota de R$ 3.

Transportando o imbróglio para o sul da Bahia, mais especificamente para as cidades de Itabuna e Itajuípe, como se comportariam, respectivamente, Binho Sharon e Fábio Mendes?

Devo logo dizer, para que os incendiários e as fofoqueiras de plantão não comecem a espalhar maldades e inverdades nas redes sociais, que tenho um grande respeito e carinho por esses dois dirigentes partidários.

A pergunta, no entanto, se faz necessária diante da afirmação do presidente Bolsonaro de que pode deixar o PSL a qualquer momento e criar outro partido. Binho e Fábio seguiriam o chefe do Poder Executivo?

Uma situação complicada. Se eu fosse apostar, jogaria todas as minhas fichas, que são poucas, na alternativa de que Binho e Fábio deixariam o comando do PSL e seguiriam o rumo a ser tomado pelo presidente, dando uma demonstração de que são bolsonaristas convictos.

No mais, esperar o desfecho do pega-pega entre os presidentes Luciano Bivar, da Executiva nacional do PSL, e Jair Bolsonaro, da República.