Terminaram os festejos que assinalaram mais um aniversário da emancipação política de nossa Itabuna; não houve grandes inaugurações, mas a data também não passou em branco e houve algumas festividades, na esperança de que, no próximo ano, talvez já livres dessa terrível pandemia, o poder público possa mostrar que não está aí para brincadeiras, mas para trabalhar pelo povo e pela cidade.
Revendo algumas fotos antigas podemos verificar como a cidade cresceu e mudou, principalmente com o surgimento e a ampliação de muitos bairros, contrastando com aquela Itabuna dos anos cinquenta e sessenta. Hoje temos feira permanente em bairros como o São Caetano, Califórnia e o próprio centro comercial quando, até o início dos anos cinquenta, havia, apenas, uma feira, aos sábados, na praça Adami.
No último domingo, dando a costumeira caminhada pelas duas margens do Cachoeira e atravessando as pontes do Marabá e do São Caetano, pude admirar o trabalho executado pelo poder municipal, nas duas margens do rio situadas entre as citadas pontes, principalmente na avenida Fernando Cordier, servindo tanto para caminhadas como para andar de bicicleta e corrida. Gostaria de sugerir ao setor competente da prefeitura que retirasse de vez as chamadas “pedras portuguesas”, que têm as suas belezas, mas, também, têm a desvantagem de soltarem com facilidade; essas pedrinhas só devem ser colocadas naqueles lugares que têm atenção preventiva constante e qualquer alteração é corrigida de imediato; a sua substituição por placas de cimento empresta maior durabilidade e, para crianças e pessoas idosas, maior segurança.
Ao passar pelas imediações do edifício Atlanta e já que o rio encontra-se sem receber as benfazejas chuvas, suas águas baixaram e permite ver-se o início da ponte do Tororó, também conhecida como “ponte dos velhacos”, bastante utilizada pelos pedestres em anos passados; algumas vezes, nas páginas deste jornal, já me referi a essa ponte, que muito serviço prestou, principalmente, aos habitantes do bairro Conceição, Vila Zara e bairros adjacentes.
Por algumas vezes, já ouvi alguns comentários que a prefeitura pretende prolongar o cais, rio acima, da ponte do São Caetano até encontrar a BR-101, urbanizando as suas margens, assim como ocorreu entre essa ponte e a do Marabá e aí teríamos – ou teremos – uma boa extensão pelos dois lados do rio, ampliando a beleza e a área de lazer no entorno do Cachoeira. É uma realização que a prefeitura não dispõe dos recursos suficientes mas, como estamos com um prefeito operoso e arrojado, uma boa investida nos “ninhos” de Brasília poderá amealhar verbas suficientes para esse e outros projetos que darão uma nova e bonita feição à nossa cidade.
Aquela área da Avenida Aziz Maron, próxima à Câmara Municipal, está sendo muito bem utilizada pela criançada e seria interessante que os ”promotores de eventos” mantivessem a sua criatividade, não deixando arrefecer os ânimos; aquele espaço atende crianças e jovens do centro da cidade e de bairros limítrofes e, nos bairros mais distantes, que projetos semelhantes também fossem implementados; afinal, as associações de bairros devem batalhar por essas conquistas para os seus moradores; evidentemente que, antes de tudo, haja a vontade de fazer, em vez de ficar esperando e criticando o poder público que, também, deve dar a sua parcela de colaboração.
A cidade já mudou muito e, certamente, novas mudanças ocorrerão, mas, para tanto, necessário se faz a colaboração de todos.