Boa parte do Brasil, inclusive a nossa cidade e outras localidades da região cacaueira, sofreram, no início do ano, com as enchentes que causaram muitos transtornos e prejuízos à nossa população; houve, inclusive, pessoas que perderam o pouco que tinham. As chuvas do verão/outono nos castigaram muito e, até hoje, governos e as várias sociedades civis têm angariado recursos para diminuir o sofrimento dessas pessoas. Felizmente, notamos a solidariedade de boa parte da população para com o sofrimento dos semelhantes.
Os rotarianos, através dos seus clubes espalhados por várias partes do país, logo cedo aderiram às campanhas para angariar roupas, alimentos, água, colchões e outros objetos de necessidade das famílias e isso concorreu para diminuir, um pouco, o sofrimento dessas pessoas que penaram com as pesadas chuvas que caíram em boa parte da Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro e outros estados da federação.
Esses fenômenos meteorológicos são cíclicos e há outros, como vulcões, terremotos, tufões que ocorrem mais em outros países, mas que, também, causam inúmeros estragos; a maioria de tais fenômenos tem lugar mais no hemisfério norte. A Organização Meteorológica Mundial, órgão da ONU que monitora essas ocorrências no mundo inteiro, alertou, em fevereiro último, que “as enchentes como as do início do ano, serão cada vez mais frequentes e violentas nos próximos anos, cujas origens são as mudanças climáticas, principal causa, agravadas pela deficiência na infraestrutura e planejamento urbano”.
A “ROTARY BRASIL”, do mês de março aborda, em várias páginas, o problema da água e das enchentes, no trabalho intitulado “Agua, Saneamento e Higiene”, mostrando a experiência de dois clubes rotários no Brasil que estimularam a população e governos a cuidarem das águas das chuvas, com sistema de captação e armazenamento, reservando a água tratada exclusivamente para o uso humano e usando as águas pluviais para as demais finalidades.
A Fundação Rotária, que é o braço filantrópico do Rotary International, desde 2013 já financiou mais de 1.000 projetos, em mais de 100 países onde não havia água limpa, nem saneamento nem práticas de higiene. O sistema de captação e o uso de águas pluviais ajudaram a reduzir as inundações. As águas da chuva não são indicadas para o consumo humano, a não ser que passem por tratamentos físico-químicos caríssimos, mas servem para a limpeza e a rega. Ressalte-se que o tratamento da água diminuiu drasticamente os casos de óbitos por infecções causadas por vírus, protozoários e bactérias, encontrados na água contaminada.
Deve a população se conscientizar acerca do problema e atuar junto aos representantes do povo e membros do Executivo, visando pensar na solução dessa questão, indo buscar informações em várias cidades que estão resolvendo esses dissabores que ocorrem nas enchentes. O alerta dos cientistas merece ser ouvido por quem atenta para o assunto, pois estamos todos nesse mesmo barco que é o nosso planeta terra.