O processo de reforma no prédio onde funcionam a Câmara de Itabuna e a Biblioteca Municipal, entre outros setores, está respaldado em laudos da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros, que atestam a necessidade de uma reforma urgente. Segundo o engenheiro Mallory Sena, há várias patologias a serem corrigidas.
“Inicialmente, verificamos que a rampa de acesso principal está com ferragens expostas, com oxidação avançada; na parte interna analisamos que tem várias alvenarias com rachaduras. Inclusive tem uma alvenaria na biblioteca que está em colapso, com risco iminente de desabar, trincas, proliferação de agentes biológicos (bolor e mofo), entre outros”, enumera.
Para o engenheiro, as patologias encontradas (rachaduras no telhado, provocando infiltrações) justificam a “necessidade de uma reforma imediata”. O parecer técnico, inclusive, pede a interdição de alguns cômodos. A parede citada, por sinal, já foi mencionada em laudos anteriores e a mesma situação foi identificada em outras salas.
A partir das observações na inspeção, foi dado um prazo de 30 dias para o cumprimento das exigências (lei da Defesa Civil Municipal e do Código de Obras do Município), sob pena de multa.
Avaliação da estrutura
A Casa reuniu notificações anteriores tanto da Defesa Civil como do Corpo de Bombeiros. Em abril, meses após a enchente, a Mesa Diretora também encomendou uma avaliação estrutural à empresa EPK Engenharia.
Foram vistoriados pilares, vigas, lajes, fundações, bem como o terreno onde foi erguida a construção. A análise técnica identificou a movimentação irregular de pilares integrantes do prédio em relação à laje de cobertura.
Por identificar irregularidades e classificar a situação como crítica, tal verificação aponta a necessidade de reforços “para manter a integridade da estrutura e evitar recalques futuros”. Em relação ao local interditado pelos Bombeiros, a recomendação no atual estudo é para construção de nova estrutura, “com devidas amarrações respeitando a arquitetura do imóvel”.
A Mesa Diretora, sob a presidência do vereador Erasmo Ávila (PSD), leva em conta, sobretudo, a necessidade de revitalização/requalificação para preservar o patrimônio público. Afinal, trata-se de um equipamento municipal construído ainda no outro século e que precisa de reforma.
Ficou definido que a reforma a ser iniciada é fruto de economias com o duodécimo mensalmente recebido. A licitação para contratar a empresa responsável pela obra, do tipo menor preço, tem julgamento marcado para o dia 21 de novembro, às 9 horas. O valor estimado é de até R$ 3.346.343,72.