Texto e fotos: Celina Santos
Quem testemunhou (ou, pelo menos, ouviu falar sobre) a pujança do cacau no sul da Bahia sabe que a Cargill assina um verdadeiro império. Surgida há 60 anos em São Paulo, a corporação possibilitou o surgimento da fundação há exatos 50 anos.
Pode-se dizer que é uma “filha” social decorrente do sucesso da empresa. O aniversário [para lá de simbólico], vale frisar, começou a ser comemorado na noite de terça-feira (20), na bucólica Pousada Morro dos Navegantes.
O Diário Bahia/Revista Bellas recebeu o convite para participar do jantar comemorativo, regado a música, sorrisos, homenagens, gentileza, emoção. De acordo com a presidente da Fundação Cargill, Flávia Tayana, Fundação Cargill, Flávia Tayane, o conceito de sustentabilidade é tônica na instituição.
Presente em 17 estados, além do Distrito Federal, o grupo desenvolve um trabalho calcado na responsabilidade social, respeito à natureza, dedicação – tripé nítido na postura de cada “colaborador”. A título de ilustração, só no Nordeste atuam 10 mil profissionais, nas mais diversas funções.
Ciente da pujança de Ilhéus no contexto do cacau, ela justificou a escolha do local para início das comemorações. “Entendemos a importância da cidade para a Cargill; temos muitos projetos aqui. É uma preocupação social enorme e responsabilidade de contribuir com as comunidades que nos acolheram. A Fundação é o braço socioambiental da Cargill”, definiu a líder, que também representa a empresa junto à América Latina.
Às láureas
Como disse acima, a noite contou com homenagens aos voluntários que fortalecem o dia-a-dia da Fundação Cargill, em Ilhéus. É o caso do projeto Composta Ilhéus. Como o nome sugere, a iniciativa atua com compostagem de resíduos, para transformação em outros itens.
Uma das envolvidas é a advogada Jurema Cintra Barreto, que fala da causa com paixão. “O Grupo de Amigos da Praia trabalha há cinco anos com educação ambiental, conservação do ecossistema costeiro e tem muito lixo na praia. Fico me perguntando: o que as famílias não fazem dentro de casa pra que isso ocorra? Aí começaram os projetos… um deles é o Composta Ilhéus, que trabalha com resíduos orgânicos; é uma Solução Baseada na Natureza {SBN]”, argumentou.
Também foi laureado o químico soteropolitano Fábio Neves, que se dedica às pesquisas que aproveitem as propriedades do mel de cacau. Ele lembra a relevância da possibilidade de encontrar caminhos outros para além do chocolate (por muito tempo, o principal derivado do chamado “fruto de ouro”.
“A Cargill tem apoiado [muito] nosso projeto. Porque o mel de cacau sempre foi pouco aproveitado e temos ajudado os produtores da região, de Ilhéus, Itabuna, Uruçuca”, grifou.
Ah! Vale destacar que o jantar delicioso foi feito com alimentos condizentes com o conceito de sustentabilidade e valorização dos sabores que marcam, sobretudo, o sul da Bahia. Foi assim desde a entrada com pastel de bacalhau, polvo e saladas com abobrinha e afins, até o prato principal, com peixe assado na folha de bananeira e outras delícias típicas. Posso dizer, permitam-me a expressão do querido baianês, “pra turista nenhum botar defeito”! (Risos).
Como a música abençoa cada momento marcante em nossas vidas, devo acrescentar que a festa começou ao som de forró e terminou com a cantora itabunense/ilheense Ize Duque e banda, entoando clássicos da música brasileira. Salve!