Com mais de 4 milhões de atendimentos, as 25 Policlínicas Regionais de Saúde foram pauta do I Fórum Estadual dos Consórcios Públicos Interfederativos de Saúde, realizado na sexta-feira (29), no auditório da União dos Municípios da Bahia (UPB), no Centro Administrativo da Bahia (CAB), e, em virtude dos resultados positivos, o projeto tornou-se referência para o Ministério da Saúde, que pretende implantá-lo em todo o Brasil.
Com a presença do governador do Estado, Jerônimo Rodrigues, da secretária da Saúde, Roberta Santana, entre outras autoridades, diversos gestores, coordenadores, presidentes de consórcios e profissionais de saúde compartilharam ideias, iniciativas e projetos que acontecem nas 23 policlínicas no interior e nas duas na capital, que operam nas 28 regiões de saúde da Bahia. Ao todo, são 24 consórcios, entidades mantenedoras das policlínicas, em gestão consorciada com o Governo do Estado.
“Essa é uma iniciativa que veio do Ceará em 2017, ainda no governo Rui Costa, e que ampliamos. Vamos entregar mais uma policlínica em Ilhéus até o final do ano e temos o plano de entregar mais seis”, afirmou o governador. O sucesso das policlínicas fez com que o projeto entrasse no Novo PAC Seleções, que vai financiar a construção de 90 policlínicas pelo Brasil, de acordo com Jerônimo.
“Temos consorciados 411 dos 417 municípios da Bahia, com entrada recente de Porto Seguro. E vamos buscar atingir os 100%. São mais de 4 milhões de atendimentos e exames realizados, o que mostra o sucesso das policlínicas. Hoje, o tema mais discutido na área da saúde é a regionalização e fico muito feliz de poder aprimorar essa experiência”, enfatizou a secretária Roberta Santana.
O sucesso do modelo se deve às boas práticas realizadas pela gestão consorciada em saúde, modelo de gestão que fortalece a regionalização no SUS e amplia o acesso à saúde para a população baiana, que conta com serviços mais próximos às suas residências.
Durante o evento, o governador ainda anunciou que o Estado vai ampliar o repasse para os consórcios e que o Governo Federal também contribuirá com a gestão orçamentária das policlínicas. Além de construir a policlínica, equipar, comprar os ônibus e as vans, o Governo do Estado ainda custeia 50% da operação, antes era 40%. O Ministério da Saúde também passou a enviar verba para ajudar os consórcios, o que resultou em um desconto na parcela dos municípios, em torno entre 40% e 50%.
*Premiação*
Durante o fórum, ainda aconteceu a 1ª edição do Prêmio Melhores Práticas dos Consórcios Públicos Interfederativos de Saúde do Estado da Bahia. Foram apresentados cinco cases, originados das policlínicas de Ribeira do Pombal, Guanambi, Barreiras, Itabuna e Teixeira de Freitas. A iniciativa vencedora foi a da unidade de Guanambi, que, além de troféu e cesta de prêmios, ganhou uma viagem para o Ceará, para conhecer o projeto inicial das policlínicas.
O projeto, chamado de Fios de Amor, recebe doações de cabelos virgem, que são transformados em perucas, e também realiza a venda de rifas com objetivo de arrecadação de fundos para criação de um banco de perucas. As perucas são doadas às mulheres diagnosticadas com câncer de mama. A policlínica de Guanambi ainda recebe doações de lenços e turbantes, que também auxiliam na melhoria da autoestima das pacientes acometidas pelo câncer. Todo o processo é gratuito.