ACM NETO, OS PREFEITURÁVEIS E A SUCESSÃO DE ITABUNA


Na opinião do articulista Marco Wense, Itabuna terá quatro candidatos a prefeito


A decisão de ACM Neto, envolvendo os prefeituráveis que fazem oposição ao governo Augusto Castro, postulante a um segundo mandato pelo PSD, vai deixar o cenário da sucessão de Itabuna mais transparente.

É bom lembrar que o engenheiro Chico França, pré-candidato do Partido Liberal, é integrante do oposicionismo, mas sem nenhuma ligação com ACM Neto, vice-presidente nacional do União Brasil. A majoritária de Chico vai ser puro-sangue. O vice é do PL.

A reunião do capitão Azevedo (União Brasil), deputado Fabrício Pancadinha (Solidariedade) e o médico Isaac Nery (PDT) com ACM Neto, já marcada para a próxima terça-feira (23), podendo ser antecipada para segunda (22), terá um ponto final na discussão sobre a sucessão de Itabuna.

A posição de ACM Neto e, como consequência, do União Brasil, que tem um bom tempo no chamado “palanque eletrônico” e um invejável fundo eleitoral, será assentada em uma ampla pesquisa, já nas mãos do ex-gestor soteropolitano.

Nos bastidores do staff netista, a opinião é de que Neto não pode mais ficar indeciso. O prazo para realizar as convenções dos partidos termina em 5 de agosto. O tempo está ficando curto. A política não costuma socorrer os que dormem.

E mais : PDT, União Brasil e o Solidariedade, para mostrar que estão realmente unidos, têm que fazer uma única convenção, apontando a composição da majoritária e os candidatos à Câmara de Vereadores.

Essa coisa de cada legenda fazer sua convenção, indicar o candidato a prefeito para depois desistir e declarar apoio a outro candidato, é atirar no próprio pé. Uma significativa parcela do eleitorado não comunga com esse movimento.

Tudo caminha para que a sucessão de Itabuna tenha quatro candidatos : Chico França (PL), Dinailton Oliveira pela federação Rede/PSOL, Augusto Castro (PSD), com sua natural candidatura à reeleição, e o representante da coligação PDT, União Brasil e Solidariedade.

A disputa será bastante acirrada. O tabu da reeleição, de que nenhum prefeito conseguiu o segundo mandato consecutivo, termina colocando mais lenha na fogueira do processo sucessório.