AGORA QUEREM SER OPOSIÇÃO A FERNANDO GOMES



De início é bom dizer, principalmente para os que só fazem “política” com picuinha e disse-me-disse, que qualquer pessoa, desde que filiada a um partido e em condições de elegibilidade, pode ser prefeiturável.

Outro ponto é que qualquer frente, seja fria, quente ou morna, pode aparecer, faz parte do jogo político endossado e legitimado pelo Estado democrático de direito.

Augusto Castro. Foto: Arquivo/Diário Bahia

Estão agora falando de uma “nova frente” para a sucessão de Fernando Gomes, tendo no comando o ex-deputado estadual Augusto Castro, que deixou o ninho do tucano para fazer parte da base aliada do governador Rui Costa, se filiando ao PSD do senador Otto Alencar.

Com o descrédito da classe política, cada vez mais crescente, virou moda as palavras “novo” e “nova”: a nova política, o novo partido, a nova maneira de fazer política, a nova frente partidária, enfim, tem “novo” e “nova” para todos os gostos.

Sentindo que o médico Antônio Mangabeira (PDT) vem ocupando espaço no antifernandismo, a nova frente liderada por Castro somente agora vira oposição ao governo Fernando Gomes.

O ex-tucano, que já foi um ferrenho e combativo crítico do petismo, diz agora, depois de um silêncio duradouro, que o próximo prefeito de Itabuna vai pegar uma cidade em “frangalhos”, dando assim sua primeira alfinetada no governo municipal. É bom lembrar que Fernando Gomes é aliado do governador Rui Costa.

Tendo a seu lado, o provedor da Santa Casa, Eric Ettinger Júnior, o vereador Enderson Guinho, o presidente da Câmara de Vereadores Ricardo Xavier e o policial civil Roberto José, Castro diz que “somente uma união entre políticos e sociedade pode fazer a diferença e levar Itabuna ao crescimento tão almejado”.

E aí cabe uma pergunta: Que políticos são esses que precisam se unir para “salvar” Itabuna? Basta só ser político? O quesito ser homem de bem, respeitado na sociedade, vale mais que ser um político, e se for político profissional, chamado também de “velha raposa”, pior ainda.

A nova frente augustiana só sobrevive com o aval do chefe do Palácio de Ondina. A minha curiosidade é saber qual a opinião do ex-prefeito Geraldo Simões sobre essa iniciativa articulada pelo ex-parlamentar do tucanato.

Outras frentes vão surgir. Não será nenhuma novidade se a palavra “nova” for substituída por “novíssima”. Ou seja, “novíssima frente” ou “novíssimo grupo”.

Pois é. Coisas do movediço e traiçoeiro mundo da política.