Artigo de João Otávio Macedo – NOVA EPIDEMIA


"A história registra casos de várias epidemias que causaram pesados estragos"


As doenças fazem parte da vida e, excetuando as mortes por homicídio, suicídio ou acidente, todos morreremos um dia, motivado por uma doença que poderá ser causada por agentes biológicos ou não.

Até poucas décadas atrás, a média de vida situava-se na faixa dos 40 anos e, presentemente, ultrapassa os 70 anos sendo que, em alguns países ou regiões geográficas, essa média vai se aproximando dos 90 anos, graças a melhores condições de vida, ao progresso tecnológico e, principalmente, ao desenvolvimento da medicina.

A descoberta dos agentes biológicos e sua atuação na instalação das doenças infecto-contagiosas e, principalmente, ao aparecimento dos agentes terapêuticos, como os antibióticos e similares,fez diminuir a morbi-mortalidade dessas infecções; a descoberta das vacinas, então, fez diminuir enormemente a instalação de muitas doenças, causadas por vírus e por bactérias.

Mas, apesar do fantástico desenvolvimento tecnológico aplicado à medicina, essas doenças ainda respondem por um número grande de mortes, colocando os órgãos que cuidam da saúde pública, nos diversos países, sempre em estado de alerta, mormente diante das chamadas epidemias que, vez por outra, colocam a humanidade em polvorosa.

A história registra casos de várias epidemias que causaram pesados estragos, sendo que a maior delas, segundo os estudiosos, foi a chamada gripe espanhola, que ocorreu entre os anos 1915/1918, matando aproximadamente 50 a 100 milhões de pessoas, no mundo todo, correspondendo a 5% da população mundial de então. Foi uma epidemia causada pelo vírus influenza e, aqui no nosso Brasil, entre as várias vítimas, tivemos o presidente Rodrigues Alves; a gripe espanhola é tida como a mais letal da história da humanidade.

No momento atual, encontra-se a população em estado de alerta frente a uma nova epidemia, causada também por um vírus, conhecido como coronavirus e que foi batizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como COVID-19. Esse vírus teria surgido numa região da distante China, onde já matou algumas centenas de pessoas e já alcançou outros países, envolvendo o sistema respiratório dos pacientes.

Segundo informações da mídia e, principalmente, do que nos dizem as autoridades de saúde, não foi comprovado nenhum caso nem na África nem na América Latina. Aqui em nosso país, os casos suspeitos continuam em observação e, até o momento, não houve comprovação da presença real do coronavirus no organismo dos pacientes.

Acompanhamos, pela televisão, a ação do governo para repatriar alguns brasileiros que se encontravam no epicentro da doença, naquela região central da China, operação caríssima e delicada e todos os envolvidos na viagem feita em dois aviões da Força Aérea Brasileira encontram-se em processo de “quarentena”, por alguns dias, submetendo-se a vários exames diários, até que sejam julgados como livres do vírus e aptos, portanto, para retornarem ao convívio de familiares e amigos.

Claro está que a população encontra-se apreensiva e rezando para que esse vírus não alcance nosso território, pois seria mais uma desgraça a nos atormentar.