Assassinato de mulher na porta de casa reforça grito contra violência


Vítima era prima do vice-prefeito de Ilhéus, Bebeto Galvão


Rosângela, vítima de bala “perdida”, deixou um filho de 9 anos e outro de 4

Está sendo velado em Ilhéus, nesta sexta-feira (28), o corpo de Rosângela Galvão Simões Vieira, de 43 anos. Ela não tinha qualquer envolvimento com a criminalidade, só dedicava a vida à família e à fé. Mas foi uma das vítimas da disputa sangrenta imposta por traficantes no bairro Alto da Conquista.

O assassinato aconteceu na noite de ontem, quando ela tinha acabado de chegar em casa, voltando de um culto numa igreja evangélica. Segundo o marido, ouviu uma sequência de tiros. “Assim que abri a porta pra ela entrar, já ouvi os disparos; só fiz empurrar ela pra dentro de casa e a bala já foi atingindo o olho dela. Por pouco não pegou nas minhas duas crianças, menores de idade”, afirmou à TV Santa Cruz, antes de se afastar para chorar debruçado num carro.

Rosângela era prima do vice-prefeito de Ilhéus, Bebeto Galvão (PSB), que tentou externar o anseio pela punição, tão clamada pela sociedade. “Não há palavras para expressar o sentimento de tristeza com a perda de uma filha, mãe e esposa. Queremos que a política de segurança mude, investigue e combata de forma célere a impunidade que tem se perpetuado. Deus ofereça o consolo necessário nesse momento”, afirmou, pelas redes sociais.

Mais uma família destruída, revoltada e clamando por justiça. Até o momento, a polícia segue com investigações, para tentar localizar e prender aquele que encerrou a história de uma pessoa com a digital da violência.