Banco do Nordeste fecha 2019 com R$ 41,2 bilhões em aplicações de crédito


Com recursos do FNE, foram contratados R$ 29,5 bilhões


O Banco do Nordeste fechou 2019 com R$ 41,2 bilhões em financiamentos de longo e curto prazo em toda a sua área de atuação, beneficiando setores econômicos dos estados do Nordeste, além de norte de Minas Gerais e do Espírito Santo. Os resultados incluem R$ 29,5 bilhões aplicados com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), perfazendo mais de 565 mil operações de crédito realizadas ao longo do ano com essa fonte. Do volume investido, foram contratados ainda R$ 10,6 bilhões por meio do programa de microcrédito produtivo e orientado do Banco do Nordeste, o Crediamigo.

A maior parte aplicada com o Fundo (56%) foi destinada a empreendimentos localizados em zonas de Semiárido. Foram R$ 16,4 bilhões que estimularam a dinâmica econômica de localidades menos favorecidas. O FNE é a principal fonte de recursos utilizada pelo BNB desde a criação dos fundos constitucionais federais, em 1988. Sua aplicação volta-se à redução da pobreza e das desigualdades inter e intrarregionais.

Para o segmento de micro e pequenas empresas, o Banco do Nordeste destinou R$ 3,6 bilhões. Ao todo, foram contratadas 56 mil operações de crédito, o que representou crescimento de 24,6% em relação a 2018.

O volume de crédito aplicado no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) superou a marca de R$ 3 bilhões, contabilizando cerca de 515 mil operações contratadas no período. A maior parte do montante é relativa a negócios realizados por meio do programa de microcrédito rural do Banco, o Agroamigo, com o qual o BNB atingiu R$ 2,5 bilhões.

“Os resultados operacionais apresentados reforçam a importância do Banco do Nordeste como agente  promotor do desenvolvimento regional em sua área de atuação. Os recursos aplicados, especialmente por meio do FNE, contribuem cada vez mais para o bem-estar das famílias e a competitividade das empresas nordestinas”, afirmou o presidente do BNB, Romildo Carneiro Rolim.

A contribuição do BNB à dinâmica econômica regional também inclui financiamento a projetos de grande porte do setor de infraestrutura. Em 2019, o Banco aplicou R$ 11 bilhões com recursos do FNE, possibilitando a implantação de projetos, principalmente, no segmento de energia renovável.

Em 2019, o Banco do Nordeste também empenhou esforços para regularização de crédito com campanhas de renegociação de dívidas. Como resultado, concluiu o ano com mais de 349 mil operações regularizadas por meio da lei n.º 13.340/2016, totalizando R$ 15,6 bilhões em dívidas renegociadas.

Microcrédito

Especificamente em relação ao programa de microcrédito produtivo e orientado do Banco do Nordeste, o Crediamigo, foram realizadas mais de 4,5 milhões de operações, o que representa média superior a 18 mil contratações por dia. Ao longo de 2019, foram mais de R$ 10,6 bilhões investidos em microempreendimentos formais e informais, crescimento de 18% em relação a 2018. O crédito beneficiou cerca de 2 milhões de empreendedores dos segmentos de indústria, comércio e serviços em zonas urbanas de toda a área de atuação do BNB.

Criado em 1998, o Crediamigo possibilita financiamentos de R$ 100 a R$ 21 mil a seus clientes. Pioneira no país, a iniciativa tornou-se referência internacional no setor de microfinanças, consolidando-se como o maior programa de microcrédito produtivo e orientado urbano da América do Sul, acumulando mais de 6,2 milhões de microempreendedores atendidos.

Aplicações na Bahia

Na Bahia, o Banco do Nordeste aplicou R$ 8,7 bilhões ao todo, perfazendo cerca de 738,8 mil contratações, das quais 588 mil foram realizadas pelo Crediamigo. Somente por meio do FNE, foram R$ 7 bilhões no Estado. No âmbito do Pronaf, o volume contratado atingiu R$ 656 milhões, dos quais R$ 561,9 milhões foram aplicados pelo programa de microcrédito rural, Agroamigo. Já as MPEs baianas foram beneficiadas com R$ 737 milhões em volume de crédito. Pelo programa de microcrédito urbano, o Crediamigo, o BNB destinou cerca de R$ 1,5 bilhão para microempreendedores do Estado.