BELLINTANI, POLÍTICA E O BAHIA


Segundo Marco Wense, com Bellintani é assim: adora ser procurado e cortejado


Não sei precisamente quando foi. Deve ter mais de 40 dias que fiz um editorial sobre a incursão de Guilherme Bellintani, presidente do Esporte Clube Bahia, no movediço e traiçoeiro mundo da política.

Bellintani, ainda sem partido, vem sendo sondado por diversas legendas para disputar a sucessão do cobiçado comando do Palácio Thomé de Souza. Conversou muito com o PSB da deputada federal Lídice da Mata, mas não decidiu nada. Com Bellintani é assim: adora ser procurado e cortejado.

Nos bastidores, o que se comenta é que o dirigente do tricolor de aço continua sendo o nome preferido do governador Rui Costa. O problema é o diretório local do PT, que defende, de maneira incisiva, uma candidatura genuinamente petista.

Lembro que fui criticado ao comentar que a pré-candidatura de Guilherme Bellintani só estava sendo cogitada, desejada por vários partidos e lideranças políticas, devido ao sucesso do Bahia no campeonato brasileiro. Foi um Deus nos acuda. Ainda bem que meu couro, politicamente falando, é de crocodilo, como dizia o saudoso jornalista Eduardo Anunciação na sua coluna Política, Gente, Poder, no Diário Bahia.

Disseram que eu estava misturando futebol com política e, maldosamente, insinuaram que meu comentário tinha a intenção de resumir e direcionar a capacidade de Bellintani exclusivamente ao time do Bahia.

Ontem, em pleno feriado de natal, depois de um bom tempo em silêncio, Bellintani voltou a falar da sucessão de ACM Neto (DEM), da possibilidade de disputar a eleição de 2020.

Agora é o próprio pré-candidato que reconhece que as especulações em torno do seu nome é fruto do reconhecimento do trabalho implantado no Bahia. “Se o Bahia não estivesse bem, ninguém estaria especulando essas coisas”, diz Guilherme Bellintani.

Pois é. O prefeiturável Bellintani também concorda que o bom desempenho do Bahia no campeonato brasileiro foi imprescindível para colocá-lo no palco da sucessão soteropolitana.

Ora, se o Bahia fosse rebaixado ou ficasse em uma posição bem abaixo do esperado, Bellintani não seria convidado nem para uma candidatura a vereador.