Campanha resulta em cinco toneladas de alimentos e um milhão de máscaras


Ação de enfrentamento à covid-19 realça importância de rede solidária


Doação de cestas básicas ao grupo Encantarte
Na Aldeia Igalha, em Olivença

A economia solidária vem mostrando sua força e importante papel social durante uma das maiores crises sanitárias da história da humanidade, a covid-19. Num cenário marcado por desigualdades socioeconômicas que já apresenta cidadãos em situação de vulnerabilidade social, o Centro Público de Economia Solidária (Cesol) seccional Litoral Sul iniciou, há dois meses, a campanha Litoral Sul Solidário. O objetivo é arrecadar alimentos e itens de higiene para pessoas necessitadas devido ao distanciamento social provocado pelo novo coronavírus.

Ao todo, a campanha já conseguiu arrecadar e doar mais de cinco toneladas em cestas básicas, que foram montadas e distribuídas a empreendedores econômicos solidários de quilombos, aldeias, terreiros de candomblé e outras comunidades tradicionais em Itabuna, Ilhéus e outros municípios do Litoral Sul da Bahia.

Cantores locais e grupos artístico-culturais contribuíram de forma expressiva na arrecadação de alimentos por meio de lives na internet dos grupos Gongombira, Alô Comunidade, e as duplas Lílian Casas e Alex Félix, e Silvano e Carla.

Costurando proteção

Somando a esta ação, a campanha abraçou também a distribuição um milhão de máscaras produzidas por 600 costureiras do território que receberam uma bolsa auxílio para a confecção dos EPIs destinados a munícipes de cidades das regiões Sul, Extremo sul e do Sisal no estado.

A produção teve a chancela do governo do estado, por meio da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre) e da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR).

Um milhão de máscaras já foram doadas Bahia afora

Transformação social

As máscaras estão sendo enviadas a prefeituras, instituições de caridade e movimentos sociais de todos os municípios das regiões destacadas. Para o coordenador no Cesol Litoral Sul, Thiago Fernandes, o momento é de solidariedade e reafirmação da economia solidária como vetor de transformação social.

“Temos executado um importante trabalho com atuação dos Centros Públicos de Economia Solidária já presentes em 15 territórios de identidade da Bahia e com formação e qualificação de empreendedores da economia solidária para atuação em rede, mantemos de pé esta importante política pública em nosso estado. Num momento desse, de pandemia, que exige de nós mais empatia e amor ao próximo, mostramos a necessidade da presença da economia solidária cada vez mais forte e atuante na sociedade.”, aponta.

Para o gestor, faz-se necessário atinar para outra forma de atividade econômica que traga, sobretudo, outros valores que não se resumem apenas ao capital. “Defendemos uma outra economia, pautada em valores, em solidariedade e em trocas que beneficiam todo um coletivo. Sem dúvida alguma, juntos e juntas somos sairemos mais fortes desta crise sanitária.”, conclui. (Fonte: Ascom Cesol Litoral Sul)