Coluna de Mariana Benedito – Avalie e seja sincero!


“Abundância não escolhe uma área de nossas vidas para emanar seu belo charme e deixa a outra a ver navios”


 

Abundância.

Grande porção, quantidade excessiva, opulência, estado de riqueza e fartura. Certo, já deu pra entender bem o conceito de acordo com o dicionário, não é? A questão agora é: você se considera uma pessoa abundante, meu amado leitor?

Mas, peraí. Antes de refletir, ponderar e responder, vamos enxergar a abundância por outro paradigma, daí no final desta coluna você avalia direitinho e passa a ser mais grato pelas coisas desta vida, antes de só viver abrindo a boca para reclamar do que não tem. Assim espero!

Vejamos, acompanhe meu raciocínio. Primeira coisa: abundância não tem absolutamente nada a ver com dinheiro. É isso mesmo! Abundância tem, acredito piamente, mais relação com o equilíbrio das coisas. Abundância não escolhe uma área de nossas vidas para emanar seu belo charme e deixa a outra a ver navios; ser abundante é ter aquilo que precisa para fazer o que precisa na hora que precisa. Abundância está relacionada à possibilidade de seguir naquilo que se acredita, sabe? É poder manifestar no externo aquilo que nosso coração grita. Parece piegas, mas não é. Acredite!

Abundância tem a ver com realização de metas, objetivos, sonhos; é poder fazer das nossas paixões um propósito de vida, porque, lá no fundo, a gente sabe que está seguindo o caminho certo, que está deixando algo positivo neste planeta chamado Terra e que, da maneira que podemos, estamos auxiliando outras pessoas, estamos servindo de ponte, e não de muro.

Uma das sensações mais presentes nessa era que estamos vivendo é a frustração. Muitas pessoas se sentem frustradas porque não ganham o tanto de dinheiro que gostariam e isso traz uma enorme insatisfação que acaba virando uma bola de neve: não ganha o “suficiente” – será que não é mesmo o suficiente? Te falta algo básico? –, daí passa a reclamar do trabalho que, por sua vez, fica cada vez mais maçante, perde-se a vontade e o desejo de realizar aquele trabalho e depois como é que o dinheiro recebido em troca deste trabalho vai ter um significado positivo? Me explica!

Mas agora eu te pergunto, meu caro, para quê você quer dinheiro? De que forma você vai gastá-lo? Que bem você fará à humanidade tendo toda essa grana? E de que maneira você gasta o dinheiro que recebe hoje? Quais as frases que você vive gritando aos quatro ventos e que, obviamente, viram as suas verdades?

Ah, vida de pobre é assim mesmo. Porque fulana, além de linda, é rica; agora olha para mim, além de feia, pobre. Não se pode ter tudo na vida. O dinheiro corrompe as pessoas. O mal do mundo é o dinheiro. Quando a esmola é muita, o santo desconfia. Descanso de pobre é carregar pedra. E por aí vai mais um monte de coisas que a gente repete que nem papagaio velho e vão criando raízes dentro da gente e se tornando parte de nós. Se você repete essas coisas, meu querido, pare. Apenas pare. Quanto mais frustrado você se sente e mais repete esse tipo de frases, pensamentos e reações mais você transita nesses mesmos sentimentos e vibrações compatíveis. Semelhante atrai semelhante, não adianta!

Experimente, a partir deste momento, estar atento aos seus comportamentos e posturas e falas com relação ao dinheiro. Avalie, de verdade, que tudo que você precisa está ao seu alcance. Repense quantas vezes você desejou algo do fundo de seu coração e isso se materializou. Olhe a abundância em sua vida por este ângulo: ter o que precisa para fazer o que precisa no momento em que precisa.

E então? Você é uma pessoa abundante?

Olhe ao seu redor e seja sincero.

Experimente adotar este novo paradigma sobre a abundância e veja se alguma coisa muda. Abundância é ter aquilo que você precisa para fazer o que você precisa no momento em que você precisa – nem mais, nem menos.

 

– Psicanalista em formação; MBA Executivo em Negócios; Pós-Graduada em Administração Mercadológica; Consultora de Projetos da AM3–Consultoria e Assessoria.

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