Desde o último sábado (27), o comércio de atividades consideradas não essenciais está com seus estabelecimentos fechados, cumprindo a determinação do governo do Estado, que aplica medidas restritivas visando à redução dos casos da Covid-19. No entanto, durante uma entrevista ao programa Ipolítica, nesta segunda-feira 1º), o diretor da Associação Comercial de Empresarial de Itabuna (ACI), Mauro Ribeiro, destacou que a entidade é contra o fechamento do comércio, que por sua vez, “não é o vilão do vírus”.
O empresário lembrou que o comércio ficou fechado por mais de 100 dias no ano passado, e trouxe inúmeros prejuízos, como o fechamento de lojas e o aumento do desemprego na cidade. “O comércio sofreu muito no ano passado e ainda está fragilizado e se recuperando. Os mais impactados são as micro e pequenas empresas que não tiveram acesso a créditos. Não houve nenhum tipo de prorrogação de impostos a nível estadual, e, mesmo fechadas, as empresas terão que pagar tributos e a folha de pagamento que vence no início do mês”, argumentou.
Diálogo e confiança
A ACI integra o Comitê de combate à Covid-19 do município de Itabuna e defende que o diálogo é o caminho mais eficaz para alcançar um consenso entre a classe empresarial e os governos Estadual e Municipal. “A entidade tem o entendimento de que só com a união, o diálogo e a confiança é possível um caminho com medidas assertivas, sem precisar fechar a principal atividade econômica da cidade. Precisamos ter o funcionamento do comércio, seguindo com rigorosidade, as medidas cabíveis de prevenção e segurança”, constatou.
Por fim, Mauro Ribeiro citou estar esperançoso com o anúncio do prefeito Augusto Castro sobre a abertura de um hospital de campanha visando atender a ampliação de leitos de UTIs para atendimento de pacientes com Covid-19 em Itabuna. Afinal, a cidade atualmente atende a mais de 100 municípios em apenas duas unidades hospitalares e apenas uma unidade de pronto atendimento.