Crenças, crenças e mais crenças


A nossa vida só espera da gente coragem! 


Por Mariana Benedito


Você já parou para pensar e refletir sobre as crenças que você carrega, meu amado leitor? Aquelas velhas frases ditas e repetidas de forma tão incessante que se tornaram verdades inconscientes e acabam norteando a nossa vida. Crenças são princípios orientadores: direcionam o nosso comportamento, explicam porque fazemos o que fazemos, da forma que fazemos. Explicam porque a gente deseja uma coisa e, muitas vezes, corre exatamente na direção contrária disso.

Antes de mais nada, repare que as crenças podem ser positivas ou negativas. Existem crenças que são baseadas e fundamentadas em traumas emocionais, em alguma situação vivida de forma intensa e dolorosa que acaba desencadeando o entendimento de que tal comportamento provocará tal incômodo, numa equação bem simples; essas são as crenças limitadoras. Já as crenças alicerçadas em percepções positivas, no atingimento de metas e objetivos são as crenças possibilitadoras. 

A nossa forma de agir, tipos de comportamento, padrões de relacionamentos, as fugas que estabelecemos para o não enfrentamento com nossas dores, a maneira que enxergamos as situações, como vivemos e aspiramos o futuro são baseados, fundamentalmente, nas crenças que estabelecemos. Aí o inconsciente se espalha e faz a festa!

Agora venha cá, você já parou para observar sua vida, o momento que você vive atualmente, seus desejos e tentou fazer um paralelo com as coisas que você pensa e fala? Frases que parecem inofensivas, mas que ficam cristalizadas em nosso inconsciente e, sem nem se dar conta, a gente busca validar. Calma, vou dar exemplos. Não se apoquente. Repare, quantas vezes a crença de que “quando a esmola é demais o santo desconfia” permeou aí na tua cabeça e, em algum momento de sua vida, uma coisa bem massa aconteceu e você não aproveitou, não recebeu, não tomou o real daquilo porque ficou imaginando que viria algo ruim, porque estava bom demais para ser verdade? Percebeu qual o papel da crença? 

É muito comum, nesta minha geração exausta e ansiosa, o pensamento de que só vai viver um relacionamento quando tiver estabilidade financeira. A crença por trás é aquela de que não se pode ter tudo, sorte no jogo, azar no amor, sabe? Ou um ou outro. Mas não são coisas excludentes, não é mesmo? É possível viver um relacionamento saudável enquanto se constrói uma carreira profissional. Trocar “ou” por “e”. Indo ainda mais além neste pensamento de que só é possível viver um relacionamento depois da estabilidade financeira, quando se atinge a tão sonhada estabilidade e as pessoas começam a se aproximar, é muito fácil que, a partir de agora, a dúvida surja: essa pessoa está interessada em mim ou no meu dinheiro? 

Você consegue perceber a nossa indisponibilidade para a vida, meu amado ser que me lê aí do outro lado? Mas nem tudo está perdido, óbvio! A partir do momento que identificamos uma crença que nos limita, iniciamos a caminhada de transformação e ressignificação; transmutando de limitadora para possibilitadora.

Pense nisso, meu amado leitor. Observe o que você diz, em quê você está acreditando, o quê você está emanando. 

A nossa vida só espera da gente coragem! 


Mariana Benedito – Psicanalista, terapeuta e especialista em Marketing

Instagram: @maribenedito