Degeneração macular é a principal causa de cegueira na terceira idade


Mesmo com danos irreversíveis, alguns efeitos podem ser controlados


Dr. Bernardo Almeida. Foto: divulgação

A Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) é uma doença degenerativa que danifica a região central da retina e causa a perda progressiva da visão. Segundo o Dr. Bernardo Almeida, especialista em oftalmologia geral e catarata do DayHORC, empresa do Grupo Opty em Itabuna (BA), a mácula é a área central da retina responsável pela visão de detalhes, e a degeneração da doença atinge apenas a redução da parte central do campo da visão e não afeta a parte lateral ou periférica. “É através da região central da retina que podemos realizar atividades importantes como a leitura e a identificação de rostos”, diz.

Contudo, o médico diz que a doença sozinha não causa cegueira total, já que a parte lateral dos olhos continua preservada. Outros fatores, como a idade avançada, também influenciam no desenvolvimento da doença, além do fumo, exposição à radiação solar e histórico familiar. “Um dos primeiros sinais da DMRI é a visão embaçada, principalmente quando a pessoa está lendo”, afirma. Ele também comenta que as linhas podem aparecer distorcidas ou deformadas e, à medida que a doença avança, surge a formação de pontos cegos no campo central da visão.

A doença ocorre de duas maneiras: a degeneração macular seca ou úmida (exsudativa). A mais recorrente entre os idosos é a degeneração seca. “Ela causa atrofia da mácula e se dá de forma mais lenta”, fala. Já a DMRI úmida forma vasos anormais na região, que podem causar hemorragia, além de fluido e presença de proteínas na mácula. “No segundo caso também pode formar cicatrizes que causam uma mancha irreversível, o que vai impedir o campo visual central”, completa.

A degeneração macular é tratada por meio de vitaminas, que reduzem a chance da sua progressão, de antioxidantes, além do uso de óculos com proteção UVA e UVB. “O consumo de alimentos que possuem ômega 3, como o peixe, pode retardar o avanço da doença”, comenta o oftalmologista do Grupo Opty.

O médico sugere uma alimentação rica em vegetais verdes e coloridos, para ajudar a reduzir a possibilidade de o idoso desenvolver a degeneração da mácula. “Tais alimentos possuem luteína e zeaxantina, carotenoides que ajudam na proteção da área”, conta. Ainda assim, é preciso que o paciente seja acompanhado por um especialista na área para mais detalhes acerca do prevenção e tratamento da doença.

Outra recomendação do Dr. Almeida são as terapias. Entre as mais comuns para a estabilização da doença estão: a anti-VEGF, que por meio da injeção de

medicações bloqueia o crescimento dos vasos anormais no fundo do olho. “As injeções devem ser aplicadas mensalmente, por ao menos três meses, e depois espaçadas de acordo com o protocolo adotado”. Também há a fotocoagulação com laser, que pode ser realizada em lesões que não estão no centro da mácula.

Tela de Amsler

Recomenda-se também que pessoas acima dos 40 anos consultem anualmente um oftalmologista, como forma de prevenir a doença. “No caso de pacientes portadores da DMRI, esses devem monitorar sua visão com a Tela de Amsler uma vez por semana”, explica o especialista.

Esse é o teste que avalia se o paciente é portador de alterações na região macular (área central da retina). Solicita-se ao paciente que fixe seu olhar um ponto central de um conjunto de linhas quadriculadas – linhas horizontais e verticais. Ao se enxergar as linhas de modo onduladas, descontínuas ou uma mancha escura ao centro, podemos estar diante de uma alteração visual relacionada à região macular.

Sobre o Opty

Anteriormente chamado de Hospital de Olhos do Brasil (HOBrasil), o Grupo Opty nasceu em abril de 2016 a partir da união de médicos oftalmologistas e do fundo de investimento Pátria, dando origem a um negócio pioneiro no setor oftalmológico do Brasil. O grupo aplica um novo modelo de gestão associativa que permite ampliar o poder de negociação, o ganho em escala e o acesso às tecnologias de alto custo, preservando a execução da oftalmologia humanizada e oferecendo tratamentos e serviços de última geração em diferentes regiões do País. No formato, o médico mantém sua participação nas decisões estratégicas, mantendo o foco no exercício da medicina

Atualmente, o Grupo Opty é o maior grupo de oftalmologia da América Latina, agregando oito empresas oftalmológicas, 1400 colaboradores e 400 médicos oftalmologistas. O Instituto de Olhos Freitas (BA), o DayHORC (BA), o Instituto de Olhos Villas (BA), o Hospital Oftalmológico de Brasília, o Grupo INOB (DF), o Hospital de Olhos Santa Luzia (AL), o Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem (SC) e o HCLOE (SP) fazem parte dos associados, resultando em 19 unidades d