Dia da Árvore: setor florestal baiano é referência em produção com sustentabilidade


Estado possui 700 mil hectares de floretas plantadas 


Nativas e eucalipto mosaico (Foto: Divulgação/SDE)

Poucas pessoas sabem que no Brasil 100% do papel produzido e cerca de 90% de toda a madeira para fins industriais tem origem nas florestas cultivadas com finalidade comercial. Segundo a Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (Abaf), a Bahia possui 700 mil hectares (ha) de plantações florestais, o que corresponde a 7% de árvores plantadas do país. No dia da Árvore, celebrado nesta segunda-feira (21), a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), juntamente com a Abaf, reforçam a importância do desenvolvimento sustentável do setor, item presente na agenda positiva que tem sido construída.

“Comemoramos este Dia da Árvore reafirmando a importância do setor florestal. As florestas plantadas são essenciais para a preservação das nossas matas nativas e responsáveis pela produção de quase 5 mil produtos, incluindo papel, celulose, geração de energia, pisos, móveis, cosméticos. O setor, responsável por gerar 230 mil empregos na Bahia, é referência nas exportações, no uso de inovação e tecnologia, investimentos em programas socioambientais e na preocupação com o desenvolvimento das comunidades do entorno das suas operações”, declara o vice-governador João Leão, secretário de Desenvolvimento Econômico.

Benefício climático

Os investimentos florestais ocorrem em quatro regiões distintas da Bahia: Sul, Sudoeste, Litoral Norte e Oeste, contribuindo para a desconcentração da atividade econômica no estado. O setor contribui com 5,4% do PIB estadual e estimula proprietários rurais do estado a cultivarem através do sistema Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). Modelo sustentável que permite a produção agrícola, criação de gado (corte e/ou leite), além do manejo de florestas plantadas dentro de uma mesma propriedade.

De acordo com Wilson Andrade, diretor executivo da Abaf, o uso de produtos de base florestal gera um importante benefício climático, pois ajuda a evitar ou minimizar o uso de produtos baseados em fontes fósseis ou não renováveis, evitando emissões ao longo de diversas cadeias produtivas. “Os produtos de base florestal mantêm o carbono estocado ao longo de sua vida útil. Importante destacar que para cada hectare de produção, a Bahia tem mais de 0,7 hectare preservado, mais que o dobro exigido pelo Código Florestal brasileiro. O setor no estado, incluindo plantios florestais e áreas preservadas, captura algo em torno de 363 milhões de toneladas de carbono”, afirma. A captura de carbono é o processo de remoção de gás carbônico da atmosfera através da fotossíntese.

De acordo com Juliano Ferreira Dias, gerente de Meio Ambiente, Certificações e Fomento Florestal da Bracell, é importante lembrar que as empresas de base florestal brasileiras não desmatam para efetuar os plantios. “O manejo florestal é restrito às áreas rurais consolidadas e destinam grande volume de recursos financeiros e materiais à restauração florestal e preservação das áreas, contribuindo para atrair animais silvestres que, por sua vez, exercem decisivo papel na propagação das espécies vegetais”, diz.