Escolas Profissionalizantes e de Idiomas clamam por um tratamento apropriado


Diretores argumentam que "não há característica de aglomeração".


Empresarios que trabalham com cursos livres estão unidas num movimento nacional. Eles buscam apoio para salvar escolas profissionalizantes e de idiomas, do encerramento de suas atividades. Um documento com o cenário frágil do segmento, e um protocolo para o reinício das aulas começam a chegar aos gabinetes com poder de decisão. A ideia é atingir todas as esferas do poder.

O principal objetivo do movimento é fazer diferenciar, em futuros decreto de retomadas de atividades, o ensino regular (fundamental, médio, técnico e superior) do ensino livre (profissionalizante e idiomas).

Para o empresário Daniel Baldacci, da Bahia, que faz parte do Movimento Cursos Livres, o ensino livre não gera aglomerações, que é justamente o que enfraqueceria a guerra contra o Coronavírus.

Entre as principais razões, Baldacci explica que em vez de 50 a 60 alunos em uma aula do ensino médio, por exemplo, uma sala de idiomas não costuma reunir mais do que 8 a 12 pessoas. É que a didática de cursos práticos exige poucos alunos  para facilitar o acompanhamento do professor.

Além disso, o empresário ressalta que as aulas são de curta duração. Portanto, não há intervalos ou recreios. Ele reforça ainda que os cursos livres são incapazes de gerar aglomeração, pois as escolas sequer possuem pátios em suas sedes.

A frequência dos alunos, segundo Daniel Baldacci, também é um fator que contribui com o controle epidemiológico. Isso se justifica porque as aulas são apenas uma ou duas vezes na semana. Os alunos, além do mais, são divididos em dias diferentes. Assim, não há concentração.

DIFERENÇA NO ENSINO

Baldacci chama a atenção que os decretos têm diferenciado apenas o ensino entre público e privado. Contudo, existem muitas outras diferenças neste gigantesco setor: “Os pais possuem obrigação legal de manter seus filhos no colégio. Portanto, não haverá evasão de alunos no ensino fundamental e médio, independente do tempo de aulas suspensas”.

No ensino livre não é assim, revela o empresário baiano, que argumenta: “A cada dia sem aulas, mais alunos cancelam o curso. Não queremos retomar as aulas a qualquer custo e nem nos colocar acima da saúde. Mas precisamos ser tratados com as especificidades que possuímos. E quando as autoridades começarem a flexibilizar o isolamento, sermos um dos primeiros segmentos liberados”.

Ele explica ainda: “Se ficarmos entre os últimos segmentos a retornar, como tende a ser com o ensino regular, vamos condenar centenas de empresas e milhares de empregos”.

PROTOCOLO

O Movimento Cursos Livres já está em todo o Brasil, e apresentou um protocolo de volta às atividades com 15 medidas práticas de retorno com segurança. São iniciativas que vão desde um curso on-line sobre o covid, gratuito, para alunos e colaboradores, à divisão de turmas, alternância de horário das aulas (possível por não ser regulamentado pelo MEC) e distanciamento mínimo de alunos de 1,5m.

Na Bahia, o movimento tem contado com o apoio de alunos do Curso de Corte e Costura. Eles confeccionam máscaras, que estão sendo distribuídas gratuitamente para a população.

Baldacci conclui: “Concordamos que a retomada das aulas só aconteça quando os órgão de saúde julgarem apropriado, mas possuímos um plano robusto que garante a saúde de alunos e instrutores tão logo a flexibilização se inicie”.

OTIMISMO

O empresário alerta que “é isso que o Brasil precisa, se reinventar na crise, e não se acolher, murchar! Vamos usar a capacidade do Brasileiro para superar o problema, e não nos paralisar diante dele”.

O Movimento Cursos Livres solicita assinatura e  apoio para que seja ouvido e tratado como ensino livre, e suas características respeitadas. E assim poder retomar as atividades no momento adequado. “Sua assinatura pode salvar empresas e milhares de empregos!”, declarou Baldacci.

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